Suplementação de ureia em dietas de bagaço de cana (Saccharum sp L) auto-hidrolisado para ruminantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Costa, Luiz Roberto de Olival
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-142533/
Resumo: Com o objetivo de avaliar o efeito da suplementação de uréia em dietas de bagaço de cana hidrolisado para ruminantes, seis vacas de raça Holandesa, providas de fístula ruminal permanente, receberam três dietas distintas: Dieta A) tem suplementação e com 7,5% de proteína bruta (PB) na matéria seca (MS); Dieta B) com 0,7% de uréia e com 9,0% de PB na MS e Dieta C) com 1,5% de uréia e 10,5% de PB na MS. O bagaço representou 75% da MS destas dietas, sendo os 25% restantes fornecidos na forma de levedura. Os animais foram amostrados em três períodos, de forma que, reunidos em grupo de dois, todos os animais receberam todas as dietas. O material amostrado constituiu-se de: 1) Fluido ruminal, amostrado em intervalos de 0, 1, 2, 4, 6, 8, 12, 16 e 24 horas após o fornecimento da ração, para determinação de nitrogênio amoniacal, ácidos graxos voláteis (AGV) e pH; 2) Fezes totais, para determinação da MS, PB., fibra detergente ácida (FDA) e fibra detergente neutra (FDN); 3) Urina total, para determinação de PB. Os valores de concentração de amônia do fluido ruminal variaram significativamente (P < 0,01). Em decorrência disto o tratamento C só foi superior (P < 0,05) aos demais nas primeiras horas do dia. Variação semelhante ocorreu em relação, ao porcentual molar de ácido acético do fluido ruminal, resultando também que o tratamento C só foi superior aos demais, 6 horas após o fornecimento da ração. A suplementação de uréia resultou em elevação dos coeficientes de digestibilidade da MS (51,4; 51,8 e 56,4 respectivamente para os tratamentos A, B e C, com A = B < C e P < 0,01) causada principalmente pelo aumento da digest bilidade da FDA (39,5; 42,0 e 48,2 respectivamente para os tratamentos A, B e C, com A = B < C e P < 0,01). De acordo com estes resultados pode-se concluir que a suplementação de uréia acima das exigências mínimas de manutenção, determinou um efeito benéfico na fermentação ruminal através de uma maior disponibilidade de amônia, o que elevou a digestibiIidade da dieta. Este efeito poderia ser maximizado através de um fornecimento mais freqüente da dieta, ou através de uma fonte menos solúvel de nitrogênio não protéico, que determinaria uma maior uniformidade na concentração de amônia ruminal.