Sobrevivência do fitoplasma do enfezamento vermelho do milho e de seu vetor Dalbulus maidis (Delong & Wolcott) em algumas espécies forrageiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Felipe Franco de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-14052019-161145/
Resumo: A doença conhecida como enfezamento vermelho, associada a um fitoplasma do grupo 16SrI, subgrupo B, foi relatada em áreas brasileiras cultivadas com milho ainda no início da década de setenta. A importância econômica da doença se expressou a partir da década seguinte, com a introdução dos plantios de safrinha. O patossistema tem sido muito explorado em termos de pesquisa, porém falhas no conhecimento ainda são significativas. No presente trabalho foi investigada a sobrevivência do fitoplasma e da sua cigarrinha vetora Dalbulus maidis em algumas espécies forrageiras de alto interesse agronômico. Para isto, foram utilizadas cinco variedades de capim Panicum maximum cv. Mombaça, P. maximum x P. infestum cv. Massai, Brachiaria bizantha cv Marandu, B. brizantha cv. Piatã e B. decumbens cv. Basilisk (popularmente conhecida por Decumbens), os quais foram inoculados com o fitoplasma por meio de insetos infectivos alimentados em plantas de milho comprovadamente portadoras do patógeno. As avaliações foram realizadas tomando-se como critérios a detecção do fitoplasma nos tecidos dos capins, usando a técnica molecular de PCR, e a contagem diária do número de cigarrinhas mortas encontradas nas plantas forrageiras inoculadas. Amostragens de tecidos para a detecção do patógeno foram feitas aos 28, 56, 84, 112 e 140 dias após a inoculação, sendo as plantas cortadas para posterior rebrota, após cada amostragem. Também foi conduzido um ensaio em que cigarrinhas foram alimentadas em todas as variedades de forrageiras, portadoras do fitoplasma e, em seguida, confinadas em plantas sadias de milho. Os resultados revelaram que o fitoplasma estava presente em todas as plantas das diferentes variedades de capim, aos 28 dias após a inoculação. Aos 56 dias após a inoculação, o fitoplasma foi detectado em 66% das plantas de Marandu, 50% das plantas de Massai e 16% das plantas de Decumbens, Mombaça e Piatã. Aos 84, 112 e 140 dias após a inoculação, o patógeno não foi mais detectado nos tecidos rebrotados das plantas amostradas. Quanto à sobrevivência da cigarrinha, os capins se comportaram similarmente, dentro de cada um dos períodos de avaliação correspondentes a 24, 48, 72, 96 e 120 horas após o confinamento dos insetos nas plantas; no período de 120 horas, praticamente todos os insetos estavam mortos. Em relação à infecção de plantas de milho por insetos alimentados em plantas forrageiras portadoras do patógeno, os dados evidenciaram ausência do fitoplasma em todas as plantas de milho inoculadas. Estes resultados evidenciaram que, em condições naturais, provavelmente, as forrageiras podem servir como reservatórios; no entanto, sugerem que estas forrageiras podem não atuar como fonte de inóculo do patógeno para plantas de milho. Ainda, os dados apontaram que nenhuma das variedades testadas se destacou como sendo mais favorável à sobrevivência do vetor.