Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Ramon Luiz Zago de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-15012015-090832/
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Resumo: |
O texto é a dissertação de mestrado de Ramon Zago sobre os sentidos políticos do personagem Jeca Tatu, na obra que leva o mesmo nome, protagonizada por Amácio Mazzaropi (1960). Os sentidos políticos do Jeca foram interpretados e analisados segundo a constituição da consciência política e da memória coletiva pertinente ao personagem e sua trajetória política na obra de referência. O Jeca assume sentidos relevantes para a formação da identidade nacional, pensada a partir das referencias paulistas do caipira, de modo a ancorar suas características nos estereótipos caricaturais impressos desde sua criação, por Monteiro Lobato. O sujeito político formatado pelo cineasta está imerso nos mecanismos de operação política do coronelismo, incorpora em seu comportamento e estruturas de comando político coronelista, evidencia os estereótipos e estranhamentos entre universos urbano e rural. Ao ritualizar o comportamento caipira em suas caricaturas, o cineasta evidencia os conflitos de gênero e de classes. Apesar de retratar as problemáticas, não assume postura contrária a ordem vigente, o que possibilita apropriações diversas dos sentidos políticos. A ascensão sociopolítica de Jeca é correlata ao desejo proletário das metrópoles brasileiras, de tornar-se parte da classe dominante, sem mudar a condição de seus pares, tão pouco, as estruturas de poder. O ornitorrinco que funde os setores arcaicos da política com setores modernos da economia, em uma conjuntura institucional instável e de exceções. Onde as regras do jogo são ditadas pelo peso do legado coronelista. |