Os dilemas da modernidade brasileira em Monteiro Lobato: a figura contraditória do Jeca Tatu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Karla Aparecida de Faria lattes
Orientador(a): Pereira, Édimo de Almeida lattes
Banca de defesa: Carvalho, Luiz Fernando Medeiros de lattes, Silva, Anderson Pires da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF)
Programa de Pós-Graduação: -
Departamento: -
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6532
Resumo: Neste trabalho analisamos a forma como Jeca Tatu, após ter sido previamente julgado e condenado como “parasita da terra” por seu criador, transforma-se em símbolo da luta por melhoria das condições e qualidade de vida, do homem do campo, em uma época em que o país passava por grandes transformações principalmente políticas e culturais e a modernidade e o progresso chegavam de forma avassaladora a determinadas regiões do país, alterando questões sociais e sanitárias até então ignoradas pelo sistema governamental daquele período. Em um artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo com o título de Velha Praga, Monteiro Lobato torna pública a imagem do caboclo que residia em suas terras, qual seja, a imagem de um indivíduo preguiçoso e vagabundo, assim captada pelo, até então, Lobato fazendeiro. Já em seu outro artigo, intitulado Urupês, surge o personagem Jeca Tatu, que será posteriormente reconstruído, sob a forma de anti-herói, na quarta edição do livro a que o escritor deu também o nome de Urupês. Nessa ocasião, havendo tomado conhecimento das reais condições sanitárias do país, Monteiro Lobato revê suas concepções sobre a imagem do caboclo, penitenciando-se perante o público que anteriormente vira o homem simples do campo ser duramente criticado.