Los hermanos bolivianos. Representações nos jornais de Corumbá/MS (1938/1999)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Diniz, Waldson Luciano Correa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-15052015-101045/
Resumo: Este estudo busca compreender as formas como foi representado o boliviano na imprensa de Corumbá, MS no período de 1938-1999. Escolheu-se a cidade de Corumbá como espaço de análise pela sua condição fronteiriça e pelos discursos de integração que a região foi alvo ao longo do desenvolvimento de obras de infraestrutura e tratados diversos. Observamos que houve um descompasso entre as representações dos bolivianos e de seu país emitidas pelas instituições nacionais no instante em que se celebraram tratados binacionais estratégicos para a economia brasileira e as representações cotidianas do boliviano na imprensa corumbaense, que são via de regra, estigmatizantes e vexatórias. Entendemos o boliviano como um imigrante e buscamos comparar sua trajetória com a de outras nacionalidades presentes na narrativa da imprensa. Concluímos que o boliviano não foi considerado pela imprensa um imigrante da mesma importância que os europeus e árabes e seus descendentes radicados no município. Essa situação decorreu em grande parte do caráter fronteiriço dessa corrente migratória e de seu caráter pendular, além da ascendência indígena da maioria dessa população. Há que se considerar também que para o discurso nacionalista brasileiro a migração fronteiriça ao longo dos anos 40-60 ameaçava o processo de ocupação das fronteiras, situação agravada pela influência da guerra fria e pela instabilidade econômica boliviana.