Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Mariana Tavares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-12082015-110917/
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Resumo: |
Esta tese apresenta imagens minoritárias da compaixão, num ensaio ético, político e estético, em que o diálogo entre a noção budista de compaixão (karuna), os textos do poeta e militante de direitos humanos, Deley de Acari, e minha atuação como psicóloga, foi o ponto de partida. A tese é desenvolvida na forma de ensaio, entendido a partir da concepção foucaultiana de ensaio como um exercício de si. Nosso campo consistiu em acompanhar o dia-a-dia de Deley, em suas diferentes inserções na favela de Acari, Rio de Janeiro. O trabalho desdobrou-se no encontro com duas mulheres, moradoras dessa localidade, cujo foco se deu na questão do cuidado e da ética na vida ordinária, inspirado nas reflexões da antropóloga indiana Veena Das. Para entender o contexto de violações aos direitos humanos que perpassa a vida na cidade, sobretudo as favelas, recorremos às ideias de Walter Benjamin, sobre o estado de exceção; de Michel Foucault, sobre o biopoder; e de Giorgio Agamben, sobre a vida nua. De forma que entendemos estas violações e destituições não como incomuns, mas sim como constitutivas à modernidade e ao capitalismo em sua face contemporânea. Refletimos sobre a singularidade do sofrimento social envolvido nas resistências a estas violações cotidianas e sobre o lugar da psicologia nesse conjunto. E em como este engajamento constitui-se num permanente questionamento a respeito das práticas psi, dos modos de ser e de relacionar-se. O ensaio baseia-se também nos escritos da filósofa feminista, Judith Butler e do pediatra e psicanalista Donald Winnicott, no que tange a suas reflexões sobre vulnerabilidade e precariedade, pensadas como transicionalidade e interdependência. Esperamos contribuir assim, para o debate sobre as práticas psi e o lugar do psicólogo nas margens, em situações de sofrimento social e precarização das condições de vida |