Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Bronzatto, Maurício [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/105587
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Resumo: |
Vive-se uma época crepuscular do dever, a meio caminho entre a agonia moral e a renovação ética. Estudos recentes na área da Psicologia Moral têm demonstrado que se os valores morais se tornarem centrais nas representações de si das pessoas, esse querer particular, o dever, será sentido com força e prevalecerá sobre outros quereres estranhos ou contrários à moral. Tudo o que se tem a fazer é investir a personalidade com tais valores. Mas como, se o Bem é átono e as ações morais, pouco prestigiadas socialmente como traduções de excelência do ser no tempo presente? De tal problematização nasce este estudo, cuja proposição foi a de investigar a influência do recebimento de um atendimento magnânimo de compaixão como um fator impulsionador do querer fazer moral. Sem pretender com esse sentimento fundar uma moral, estudamo-lo sob dois aspectos: 1º) realizando uma análise psicológica e filosófica de algumas obras clássicas do mundo ficcional que o tematizam; e 2º) por meio de uma pesquisa empírica, indo a campo ouvir 50 adolescentes entre 15 e 18 anos sobre como concebem a compaixão e se estar sob seus efeitos, depois de tê-la experimentado (em situações hipotéticas, veiculadas por meio de narrativas a eles apresentadas), contribui para desviar um pouco seus olhares de si mesmos e colocá-los no outro, enxergando suas necessidades e direitos e realizando escolhas morais correspondentes. O resultado a que se chegou com a pesquisa empírica pode assim ser traduzido: pela admiração e gratidão que suscita, pela gratuidade que veicula, pelo valor que confere e pelo desequilíbrio que provoca, um atendimento magnânimo de compaixão motiva grandemente para o querer fazer moral. O estudo com a literatura ficcional, que, entre outras análises, incluiu a dos romances “O Idiota”, de Dostoiévski, e “Os Miseráveis”, de Victor Hugo, possibilitou uma... |