O imaginário coletivo de médicos que atuam em reprodução assistida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Miranda, Keith Laura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-09122014-125303/
Resumo: Introdução: Em Reprodução Assistida toda a equipe compartilha com o casal o árduo caminho composto pelas fases do tratamento, porém, o presente estudo deteve-se a experiência do médico. Objetivos: Investigar o Imaginário Coletivo de médicos que atuam em Reprodução Assistida sobre as situações de difícil manejo em sua prática profissional. Métodos: Foram feitas entrevistas únicas individuais, utilizando o Procedimento de Desenho-Estória com Tema como instrumento dialógico. A partir das entrevistas foi criada uma narrativa transferencial ficcional preservando elementos essenciais da dramática humana estudada. Os registros foram interpretados à luz do método psicanalítico buscando a criação/encontro de campos de sentido afetivo-emocional. Resultados: Foram encontrados os seguintes campos: \"Não deu certo!?\", que organiza-se ao redor da ideia de que não alcançar o objetivo pretendido seria o equivalente a fracassar, mesmo diante de situações incertas; \"Engole o choro!\", que organiza-se mediante a crença de que é preciso conter os sentimentos diante de determinadas situações, não deixar-se emocionar; \"Fora do comum\", que organiza-se por meio da crença de que quem está em posição de cuidador é e/ou precisa ser excepcional. Conclusões: Para a formação e à prática médica é preciso incluir, além da visão científica-tecnológica, a abordagem da subjetividade. É necessária a criação de enquadres diferenciados que auxiliem o médico a aproximar-se emocionalmente de seu trabalho, facilitem a superação de dissociações, promovam a saúde mental, contribuindo para que o exercício da profissão seja gratificante e dotado de um sentido genuíno