Vivência de perdas: relação entre eventos significativos, luto e depressão, em pacientes internados com doença arterial coronariana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Jurkiewicz, Rachel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-15102008-102832/
Resumo: Do atendimento a cardiopatas internados, criou-se a categoria vivência de perdas, desencadeada por evento(s) significativo(s) que implica no processo do luto. Segundo Freud (1916), o luto é um trabalho psíquico que requer um tempo para elaboração da perda e de transformação da realidade psíquica, desestruturada pela falta do objeto perdido. Entende-se que o luto é o correlato psicodinâmico da reação manifesta de depressão. Com estes fundamentos, esta pesquisa teve por objetivo geral: investigar vivência de perdas, estados de luto e de depressão. Foram avaliados 44 pacientes com os diagnósticos médicos de infarto agudo do miocárdio e angina, de 33 a 65 anos, 50% mulheres e 50% homens. Utilizados três instrumentos: entrevista semi-estruturada, para avaliação do luto; Inventário de Depressão de Beck, para depressão; Escala de Avaliação e Reajustamento Social de Holmes e Rahe, que avalia porcentagem de probabilidade de apresentar problemas de saúde. Os resultados foram relacionados através do programa Statistical Package for Social Sciences, versão 11.0. Apresenta estado de luto 65,9%, sendo significativas as relações entre: luto e depressão (p<0,05); luto e gênero (p=0,000); presente em 90,9% das mulheres; depressão e gênero (p<0,05). Os eventos significativos relatados com maior freqüência foram: morte de familiares, 47% ou de pessoa próxima, 13%. Também é significativa a relação estatística entre luto e quantidade de mortes relatadas por participante como evento significativo (p<0,05). Sugere vivência de perdas como indicativo de risco psicológico para doença arterial coronariana, apontando para a associação entre luto e depressão