A Praça, a Rua... a TV de Rua: Usos do Espaço, Permanências do Lugar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Ferreira, Genovan Pessoa de Morais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-01062015-170015/
Resumo: Em um mundo em franco processo de homogeneização com a mundialização promovida pelo capital, tendo como suporte sistemas de comunicação ou, antes, de não-comunicação, incorporando o espaço do planeta inteiro, como entender a (re)emergência de valores locais, particularmente, os relacionados à identidade espacial? Considerando que as relações sociais continuam embora envolvendo em grau crescente as mediações eletrônicas sendo exercidas no e através do espaço, o que implica, necessariamente, seu uso, o que explica a construção da identidade espacial e o que define sua própria reafirmação em meio a diluição promovida pelo processo de mundialização? Nosso estudo procurou fazer essa análise no Morro da Conceição, bairro periférico do Recife, perseguindo dois caminhos: o primeiro, procura identificar, pela análise dos usos do espaço, as sobrevivências da vida de relações que caracterizam o lugar, bem como, os conteúdos que lhes deram forma historicamente. Nesta parte, o acento encontra-se na análise de práticas especiais que, baseadas na prevalência dos valores de uso, promovem laços de identificação dos moradores com o que definimos de lugar. O segundo, tenta associar a discussão sobre o papel que a grande mídia tem como produtora de não-comunicação e, portanto, como fonte de diluição da vida de relações, particularmente, de relações entre as pessoas a partir de uma base material concreta, prático sensível, com o contraponto da mídia alternativa, as chamadas TVs de rua, cuja dimensão dos espaços públicos, como a praça e a rua, é vislumbrada por essas tevês como atitude afirmativa de processos comunicativos baseados nas relações interpessoais, no encontro, na festa, em usos do espaço não absorvidos pela troca. É por meio da experiência específica da TV VIVA no Morro da Conceição que vamos procurar elementos de análise que a associe a um papel de reforço da identidade e de manutenção do lugar.