Populações negras em São Paulo: usos e apropriações da rua no início do século XX (1900-1930)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Moraes, Amanda de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-08112024-122020/
Resumo: A presente pesquisa buscou identificar e analisar a presença negra na cidade de São Paulo no período pós-abolição (1900-1930), considerando-se que as populações negras foram fundamentais para a conformação e manutenção do espaço urbano. Para a análise, buscamos compreender as relações raciais no bojo da formação da sociedade brasileira, realizando um breve panorama histórico para entender como o colonialismo e as teorias raciais tiveram papel na formação de um pensamento que corroborou o racismo no país. Destacamos também como o imigrantismo esteve relacionado ao projeto de branqueamento empreendido pelas elites e pelo Estado. Dessa forma, entende-se que tais ideias, presentes também na busca de uma identidade nacional, reverberaram no espaço urbano, materializado nas cidades brasileiras. Assim, analisamos como as políticas urbanas nos projetos de modernização evidenciam um projeto de branqueamento da cidade e a expulsão de populações negras que ocupavam as ruas e espaços públicos da região central da cidade de São Paulo. Na perspectiva do uso e da apropriação do espaço, as ruas e espaços públicos foram locais de organização, estratégia e resistência para que os grupos negros pudessem garantir sua existência em meio às ações de modernização e de branqueamento