Quando a rua virapoint:  \'Práticas juvenis\' e pixadores no centro de São Paulo (2017-2019)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Piaia, Danilo Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-03032020-175035/
Resumo: A pesquisa que deu origem a esta dissertação se insere no campo dos estudos sobre juventude e cidade, ao tematizar as práticas juvenis nos lugares públicos do centro da cidade de São Paulo em anos recentes (2017-2019). Guiada pela indagação sobre quais são os usos que os protagonistas de práticas ditas juvenis fazem da rua do centro paulistano nos dias de hoje, a investigação teve como foco os usos que os adeptos da prática da pichação isto é, de uma forma peculiar de comunicação gráfica no âmbito do grafite de rua fazem de seu principal ponto de encontro semanal para fins de interação social pública com terceiros: um trecho específico, o chamado point, da Rua Dom José de Barros, no bairro República. Com base no método etnográfico, que implicou uso das técnicas da observação participante nos encontros com os pixadores no point, e de entrevistas semiestruturadas com cinco de seus frequentadores, a pesquisa teve como objetivo, de um lado, analisar os padrões de interação verbal e não verbal vigentes no ponto de encontro de pixadores em questão; de outro lado, descobrir traços do perfil social desses frequentadores e as representações que compartilham sobre o lugar onde se dão seus encontros. Para aquilatar a dimensão social desses dados etnográficos todos na segunda parte da dissertação, identifico, na primeira, representações produzidas em outros dois lugares sociais acerca das práticas juvenis na rua do centro paulistano nas últimas quatro décadas: as ciências sociais e a imprensa escrita. Assim, foi possível conhecer sociologicamente as regras de comportamento corporal e de interação social no referido point dos pixadores, afora representações compartilhadas por frequentadores já adultos sobre tal local, a rua, o centro e o espaço público. As regras de conduta vigentes nas interações sociais ali promovem a acessibilidade de terceiros para fins da sociabilidade entre pares pixadores. Já as representações reveladas a respeito do ponto de encontro o apontam simultaneamente como lugar e momento de reunião pública dos pixadores, frequentado há anos por esses protagonistas, da adolescência até a fase adulta.