Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Cortez, Solange Aparecida Estevão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-06082011-173944/
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Resumo: |
CORTEZ, S.A.E. O efeito do trabalho infantil na estatura final de adultos jovens e características de sua escolaridade - Estudo da coorte de nascidos vivos entre 1978/79, nos hospitais de Ribeirão Preto, SP. 2005. 158 f. Tese (Doutorado) Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. Justificativa: Efeitos negativos a saúde da criança têm sido associados ao trabalho infantil. Entretanto, seus efeitos sobre o desenvolvimento humano ainda precisam ser melhor avaliados em razão do pequeno número de estudos existentes da deficiência de controle de fatores socioeconômicos. Objetivo: avaliar o efeito do trabalho infantil na estatura final e algumas características da escolaridade de jovens entre 22-25 anos pertencentes à coorte de nascidos vivos de parto único hospitalar de Ribeirão Preto, SP - 1978/79. Métodos: O presente estudo incluiu 2063 jovens, pertencentes a coorte inicial de 6827 nascidos vivos na cidade de Ribeirão Preto, Brasil (1978/79). Foram seguidos 30,2% dos homens e 33,5% das mulheres. O trabalho infantil foi classificado de acordo com a idade de início do primeiro trabalho: < 14, 14-16 e 17+ anos. Determinantes da altura foram considerados variáveis de confusão na análise, ao nascer (restrição do crescimento intra-uterino RCIU; comprimento ao nascer, idade materna, escolaridade materna, hábito de fumar na gravidez e ocupação do chefe de família) e na vida adulta (cor/etnia, número de irmãos e atividade física). Para as mulheres, idade da menarca também foi considerada. Análise de regressão linear múltipla estratificada por sexo foi realizada após análise bivariada. As variáveis foram selecionadas para o modelo utilizando-se o procedimento passo a passo com seleção retrógrada das variáveis. Interações plausíveis foram testadas. Análise seqüencial dos fatores associados à altura final também foi realizada, separadamente por sexo. Resultados: A altura média foi 176,0 cm (IC 95% 175,6 176,4) para homens e 162,7 cm (IC 95% 162,3 - 163,0) para mulheres. Trabalho antes dos 14 anos de idade foi observado em 20,4% dos homens e 12,4% das mulheres e trabalho entre 14 16 anos foi observado em 41,7 % dos homens e 36,7% das mulheres. Na análise bivariada o trabalho infantil foi associado à mais baixa estatura final tanto para homens (p= 0.007) quanto para mulheres (p=0.004). No entanto, esta associação não se manteve após o controle pelos fatores de confusão. A análise seqüencial sugere que tanto para os meninos como para as meninas as variáveis sócio econômicas interferiram na associação do trabalho infantil e altura final. Ter trabalhado na infância resultou em pior resultado escolar comparados com quem não trabalhou na infância. Aqueles que iniciaram no trabalho antes dos 14 anos e que não estudavam no momento da pesquisa, 62,3% pararam seus estudos no ensino médio sendo que 30,2% pararam de estudar antes de completar 9 anos de estudo. Para quem iniciou o trabalho entre 14-17 anos, 66% chegaram ao ensino médio e 16,4% tem escolaridade acima de 12 anos. Conclusão: Os resultados deste estudo não corroboram com a hipótese de associação independente entre trabalho infantil e altura final. Este resultado se explica pela ação dos confundidores sociais. Observou-se também que não ter trabalhado na infância propicia um melhor resultado escolar, sendo observado que 60,2 % dos que iniciaram atividade laborativa após 17 anos tem escolaridade alta (acima de 12 anos). |