Resistência em milho (Zea mays L.) a Colletotrichum graminicola (Ces.) Wils

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Morello, Regina Melo Sartori Coêlho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20210104-201456/
Resumo: Entre as doenças que ocorrem na cultura do milho, a antracnose, causada por Colletotrichum graminicola, tem potencial para se tornar limitante ao cultivo dessa gramínea. A forma mais eficiente de controle desta doença é através do emprego de genótipos resistentes. Assim, informações sobre procedimentos de avaliação da resistência, análise de raças do patógeno, e herança da resistência a este patógeno são de grande importância para programas de melhoramento. Em experimento realizado em casa de vegetação compreendendo seis linhagens e quatro híbridos, verificou-se variabilidade genética entre genótipos para resistência ao ataque de C. graminicola em folhas, para as variáveis área total de lesão/planta (ATL), área média/lesão (AML), comprimento total de lesão/planta (CTL), comprimento médio/lesão (CML), número de lesões (NL) e tipo de lesão. As variáveis CTL, ATL e nota para tipo de lesão apresentaram-se altamente relacionadas, sendo que a variável tipo de lesão possibilitou uma distinção dos materiais em um maior número de classes. As variáveis CML e AML resultaram no mesmo agrupamento dos materiais, porém não proporcionaram a mesma distinção entre materiais S e R como verificado para as demais variáveis avaliadas. Não constatou-se comportamento diferenciado dos genótipos de milho quando inoculados com dois isolados, indicando a não distinção dos isolados em raças, considerando o material genético avaliado. Ambos os métodos de inoculação do colmo, por injeção de suspensão de conídios e por introdução de palito envolto na massa de conídios, foram eficientes. Entretanto, utilizando-se o método de injeção, obteve-se uma melhor distribuição dos valores referentes à podridão do colmo em classes fenotípicas em relação ao método do palito, que mesmo apresentando o mesmo número de plantas doentes, no geral, estas plantas apresentaram menor severidade da doença. A análise das freqüências observadas de plantas F2 resistentes (sem sintomas) e suscetíveis (com sintoma) à antracnose foliar, oriundas do cruzamento entre as linhagens L 186 e L64, em três ensaios de casa de vegetação e um de campo, indicou a ocorrência de herança monogênica com dominância completa para o alelo que confere resistência. No estudo da herança da resistência para a podridão do colmo, também foram observadas freqüências próximas às esperadas para herança monogênica, também com dominância completa para o alelo que confere resistência. O híbrido apresentou o mesmo padrão de resistência que o genitor L64. A análise de co-segregação indicou segregação independente entre os dois genes. A partir da visualização do tecido de milho inoculado com C. graminicola, ao microscópio eletrônico de varredura, constatou-se que 5 horas após a inoculação os conídios já estavam aderidos à superfície da folha, tendo os apressórios germinado com cerca de 10 horas após a inoculação. Quinze horas após a germinação, apenas na superfície foliar da linhagem genitora suscetível foi observado evidências da penetração do patógeno. A análise genotípica das linhagens genitoras, através de marcadores microssatélites, permitiu identificar 19 locos polimórficos dentre os 171 primers analisados nos dez cromossomos de milho. Através da amplificação das regiões polimórficas nos genótipos dos indivíduos suscetíveis à antracnose foliar, encontrou-se associação entre a região amplificada com o primer nc003, localizada na posição 0.6 do cromossomo 2, e o gene que confere resistência à queima foliar, RCG1, causada por C. graminicola.