Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Martins, Raquel Mendonça |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-10122015-112405/
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Resumo: |
A presente dissertação de mestrado teve o propósito de pesquisar em que medida a estética multifacetada do rap pode ser utilizada nos processos de formação de adolescentes pobres e moradores das periferias, em sua maioria, afrodescendentes. Ao identificar no rap um potencial de ruptura e de resistência frente às formas atuais de discriminação racial - tanto em seus aspectos musicais, quanto narrativos - foram realizadas oficinas de música com ênfase no rap, envolvendo jovens entre treze e quinze anos. As oficinas foram realizadas entre os anos de 2011 e 2013 em dois momentos distintos. O primeiro ocorreu na ONG Casa do Zezinho, situada no Capão Redondo, zona sul da cidade de São Paulo; o segundo foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Amorim Lima, situada no Butantã, zona oeste da mesma cidade. As oficinas eram destinadas à promoção de atividades musicais, lúdicas e intelectuais, fundamentadas na estética do rap, tais como: improvisação musical livre com instrumentos de percussão, audições de rap e gêneros musicais de vanguarda, entre outras. Inicialmente, o objetivo da pesquisa norteou-se pela sensibilização de uma escuta musical que fosse propiciadora de uma ruptura com os modos de percepção homogeneizadores da indústria cultural. Inicialmente, a fundamentação teórica baseou-se nos autores Theodor W. Adorno, Friedrich Nietzsche e José Miguel Wisnik, entre outros. Posteriormente, foi necessário recorrer aos autores Stuart Hall, Gilles Lipovetsky, Oswaldo Giacoia, Paulo Arantes, Michel Maffesoli, Philippe Jeammet, Mônica do Amaral e Marc Lamont Hill na perspectiva de compreender o sentido trágico na vida dos jovens e de como as tensões sociais advindas com a pós-modernidade incidiam em seus comportamentos, interesses e escolhas. Os resultados obtidos nesses dois momentos distintos subsidiaram as análises que desenvolvi nessa dissertação. |