O rap e o letramento: a construção da identidade e a constituição das subjetividades dos jovens na periferia de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Fernandes, Ana Claudia Florindo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-08122014-145049/
Resumo: A presente dissertação de mestrado tem como objetivo pesquisar em que medida o rap, música característica do movimento hip-hop, é capaz de possibilitar o processo de letramento de jovens provenientes das classes menos favorecidas, que habitam na periferia de São Paulo, enriquecendo suas experiências linguísticas e subjetivas. A dissertação é o resultado de uma pesquisa-ação realizada na ONG Casa do Zezinho, localizada na região do Capão Redondo, extremo sul da cidade de São Paulo, com jovens entre 13 e 15 anos, regularmente matriculados em escolas públicas do entorno. O trabalho empírico desenvolvido, por meio de oficinas, privilegiou a interdiscursividade do rap para discutir as desigualdades sociais e raciais, às quais está submetida uma importante parcela da população, a fim de analisar a construção da identidade dos jovens urbanos, aproximando a cultura de sua comunidade das intervenções propostas como situações de ensino. Buscou-se, ainda, oferecer por meio do rap e toda sua oralidade formular, situações significativas de letramento para que o funcionamento social da linguagem e os conteúdos relacionados à língua pudessem ser compreendidos em suas dimensões discursivas. Tomando como base as letras de rap e a escuta da imagem sonora da palavra, entendemos que a linguagem adotada pelo rap também possibilitou a reinterpretação das experiências vividas na comunidade, ao dar novos significados ao imaginário do adolescente, conferindo à palavra a força da experiência vivida, individual e coletivamente.