Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Castanha, Vanessa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-24082021-154502/
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Resumo: |
A saúde é construída pelo cuidado de cada um consigo e com os outros, pela capacidade de tomar decisões e pelo controle da própria vida. Esta ideia decorre do conceito de Promoção de Saúde, trazido a partir da Conferência Internacional de Ottawa, realizada em 1986. Desde então ampliou-se o conceito de saúde, o sujeito passou a ser visto em sua singularidade, como ser complexo, considerando-se suas condições de vida e seu protagonismo na construção do conhecimento e de si mesmo, de acordo com seu contexto e seu processo sócio-histórico, superando-se o modo de ver pautado apenas nos aspectos biológico e físico. Nesse sentido, foi institucionalizada a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) no Brasil, cuja uma das ações para promover maior articulação entre os setores e políticas de saúde foi a instituição do Programa Saúde na Escola (PSE), que visa à integração e articulação permanente da educação e da saúde. Com a política pública em saúde e educação caminhando no sentido da integração entre os setores, o presente trabalho tem como objetivo compreender a atuação do enfermeiro na articulação entre as unidades de saúde e escolas de educação básica, no âmbito da promoção de saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória, fundamentada na abordagem histórico-cultural de Vigotski (2001, 2007). Foram realizadas entrevistas com 19 enfermeiros, um de cada unidade de saúde do distrito norte e oeste de uma cidade de porte médio do interior paulista. Os resultados foram organizados em quatro temas: 1- Concepções sobre Promoção de Saúde; 2 - Promoção de saúde na unidade; 3 - Promoção de saúde na escola e 4 - O enfermeiro na escola. As concepções dos enfermeiros sobre saúde e promoção da saúde foram voltadas à doença e à sua prevenção, poucos enfermeiros apresentaram concepção de saúde ampliada, relacionada aos determinantes sociais de saúde. A promoção de saúde na escola é realizada quando há a pactuação da unidade de saúde com as escolas, por meio do PSE, o que ocorre em 16 das unidades pesquisadas. As ações apresentam-se coerentes com as concepções: voltadas para prevenção de doenças. A maior parte relatou não obter conhecimento sobre políticas públicas de saúde e educação, reconhecendo apenas o PSE. Apontaram o papel do enfermeiro como articulador da comunidade escolar e da equipe multiprofissional. Os enfermeiros demonstraram preocupação sobre como estão atuando nas escolas e expressaram a necessidade de maior engajamento, trazendo a importância da intersetorialidade e da equipe multiprofissional. O planejamento e execução dos programas, contando com a participação dos diferentes setores, ainda é um desafio. Nesse sentido, faz-se necessário melhor definição dos papéis de cada um, para que possa fluir melhor esse trabalho. A relação entre unidades de saúde e escolas, envolvendo profissionais da saúde, professores, estudantes e comunidade pode e deve ser ampliada e fortalecida, para resultar na construção de uma sociedade mais justa, participativa e saudável. |