Atuação dos Enfermeiros da Estratégia Saúde da Família na Promoção da Saúde dos Idosos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rodrigues, Mônica Canilha Tortelli
Orientador(a): Lange, Celmira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5801
Resumo: O envelhecimento populacional, observado mundialmente, está proporcionando mudanças importantes no modo de planejar a velhice na sociedade. Para a promoção da saúde dos idosos ser efetiva torna-se essencial que os enfermeiros, especialmente os da Estratégia Saúde da Família (ESF), estejam comprometidos com assistência integral à saúde dos idosos. Este estudo objetivou identificar a atuação dos enfermeiros da ESF na promoção da saúde dos idosos do município de Pelotas/RS, tendo como embasamento os atributos essenciais da Atenção Primária à Saúde (APS): atenção ao primeiro contato, longitudinalidade, integralidade, coordenação da atenção definidos no referencial teórico de Bárbara Starfield. Estudo qualitativo, exploratório e descritivo, realizado em 16 Unidades Saúde da Família (USF), na zona urbana e rural do município, com 16 enfermeiros. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). As USF e os enfermeiros foram sorteados aleatoriamente. A coleta de dados ocorreu de julho a agosto de 2013 por meio de entrevistas semi-estruturadas e anotações em diário de campo. Os dados foram analisados e discutidos conforme a proposta operativa de Minayo. A maioria dos participantes foi do sexo feminino, casado, com idades entre 31 e 59 anos, graduados na UFPel e com pós-graduação em ESF. O tempo de profissão variou de 6 a 30 anos e o tempo de trabalho na mesma USF esteve entre um e 11 anos. Os resultados mostram que o acesso do idoso nas USF apresentou problemas quanto ao grau de tolerância a consultas não agendadas e quanto a estrutura física, a qual estava precária para atender o idoso que possui alguma dependência; porém destacou-se o esforço de grande parte dos enfermeiros para ampliar o acesso por meio do acolhimento de enfermagem. Averiguou-se também que a totalidade dos enfermeiros afirmou que conseguem identificar os idosos de sua área de abrangência e acreditam que a maioria dos idosos reconhece a USF como fonte regular de atenção, configurando uma boa relação interpessoal entre ambos. Deste modo, o atributo da longitudinalidade está presente em algumas USF pesquisadas. Porém, a integralidade está contemplada de maneira superficial, pois a atuação da maioria dos enfermeiros está centralizada nas visitas domiciliares, no grupo do hiperdia e na consulta de enfermagem. Não possuem um programa de promoção da saúde específico ao idoso, embora estejam cientes do acelerado envelhecimento da população. A maioria das unidades não possui um cadastro específico de acompanhamento do idoso. Os enfermeiros entrevistados têm mais controle dos idosos dependentes e com doenças crônicas não transmissíveis por meio da visita domiciliar e do grupo do hiperdia. Os demais idosos que não se enquadram nestas situações, não são acompanhados periodicamente. Assim, a coordenação da atenção não abrange todos os idosos da área de abrangência das USF. Espera-se que os resultados encontrados, estimulem os gestores públicos para efetivarem um programa específico de atenção a saúde dos idosos que auxilie os enfermeiros das USF para direcionarem sua assistência para além da doença, priorizando no seu cotidiano de trabalho ações de promoção à saúde.