Práticas corporais promovidas pela unidade básica de saúde \"Vila Dalva\": visão de usuários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ferdinando, Douglas Cerqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-27102023-161012/
Resumo: A educação física atua, historicamente, na saúde e na educação, aos interesses políticos do Brasil desde a primeira metade da século XIX, período conhecido como \"era da eugenia\". Atualmente a educação física por meio das atividades físicas, dos exercícios físicos, na busca da aptidão física para \"cuidar do corpo\" e acabar com o sedentarismo, tem se revelado, com uma nova roupagem, um instrumento para o que se chamou de higienismo e eugenismo pós-moderno. A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo implantou em 2001 o Projeto de Medicina Tradicional Chinesa (MTC) como prática inovadora de promoção da saúde, estimulando a realização no âmbito da atenção básica. No conjunto das ações da MTC encontram-se as práticas corporais como o Tai Ch\'i Chuan, Tai Ch\'i Pai Lin, Lian Gong, Ch\'i Gong, Meditação Ativa, dentre outras, buscando melhorar a saúde e a percepção do próprio corpo. Este trabalho buscou analisar e discutir as práticas corporais oferecidas na Unidade Básica de Saúde Vila Dalva, na visão dos usuários e pelo enfoque da promoção da saúde, sendo práticas corporais de origem oriental ou não. Utilizou-se para o estudo uma abordagem de análise qualitativa, e a técnica de coleta de dados foi o de entrevista semi-estruturada com usuários da referida Unidade Básica de Saúde. Foram entrevistados usuários que participam das práticas corporais num período superior ou igual a um ano e usuários que não participam das práticas oferecidas pela UBS. No processo de análise de um total de 17 entrevistas, levantou-se 3 categorias temáticas mais recorrentes conforme elementos do conceito de promoção da saúde: Acessibilidade, Medicalização e Participação Social. Verificou-se que as práticas corporais, mesmo tendo um conceito mais adequado às propostas do Programa de Saúde da Família (PSF) na busca da Promoção da Saúde no âmbito da atenção básica, estão sendo oferecidas e desenvolvidas com elementos de medicalização adquiridos historicamente, e dessa forma, contrariando a proposta do PSF de focar-se na família, na vida de qualidade, e não na doença.