Prevalência, incidência, fatores preditivos e impacto das quedas entre as pessoas idosas no munícipio de São Paulo: uma  análise longitudinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Telles, Anna Cláudia Maurício
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-13062008-102235/
Resumo: Quedas são eventos, acidentais, considerados comuns em todas as fases da vida. No entanto, entre as pessoas idosas são muito preocupantes pois podem ocasionar fraturas, imobilidade e declínio funcional, insegurança em sair ou deambular sozinho com conseqüente isolamento social e possível depressão culminando, muitas vezes, com a necessidade de institucionalização ou mesmo a ocorrência de óbito. Esses eventos resultam de uma combinação de fatores físicos, psicológicos, sociais e ambientais presentes no processo de envelhecimento. Esse estudo tem como objetivos: verificar a prevalência de quedas entre as pessoas idosas do Município de São Paulo nos anos de 2000 e 2006; verificar a incidência de quedas em 2006 e seus fatores determinantes, identificar os idosos denominados \"caidores\" ou seja, pessoas idosas que referiram quedas em 2000 e em 2006 e os fatores associados e verificar o impacto das quedas na ocorrência de óbitos nesse grupo. Este estudo é parte do Estudo SABE - Saúde, Bem estar e Envelhecimento e caracteriza-se como uma pesquisa longitudinal, exploratória, descritiva retrospectiva e com abordagem quantitativa. Para verificar a prevalência fizeram parte da amostra os idosos que referiram quedas nos 12 meses anteriores à entrevista nos dois momentos de coleta de dados, para a incidência, os que não referiram queda em 2000 e a referiram em 2006 e para os \"caidores\" os que referiram quedas nos dois períodos concomitantemente. Para a análise do impacto das quedas sobre a mortalidade, foram considerados os idosos que referiram queda em 2000 e que morreram entre as duas coletas de dados. Verifica-se um aumento na prevalência de quedas de 28,6% para 31,1% em 2000 e 2006 respectivamente. A incidência de quedas em 2006 foi de 19,7% e, dentre as variáveis analisadas, nenhuma foi significante para o sexo feminino e, para o sexo masculino, a idade (70 a 79 anos) e a presença de doenças representaram uma RRR de 2,4 e 3,1 respectivamente. Para os \"caidores\" os fatores determinantes foram velhice avançada (80 anos e mais para ambos os sexos) e a presença de doenças (para as mulheres). As RRR encontradas para idade foram 2,2 para as mulheres e 3,04 para os homens e a presença de doenças obtiveram uma RRR de 5,3 para as mulheres. Verificou-se ainda que as quedas aumentaram o risco de óbito em uma RRR de 1,4. Estes resultados reforçam a necessidade de implementação de políticas públicas voltadas à prevenção deste agravo de forma que possa ser evitado uma vez que esse vem a contribuir não somente para o óbito precoce como para uma pior qualidade de vida entre os idosos mais longevos