Prevalência e incidência de colonização por Sthaphylococcus aureus resistente à meticilina (mrsa) em pacientes hiv positivos atendidos no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas no período de 2010 a 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moraes, João Paulo Bastos de
Orientador(a): Santos, Valdiléa Gonçalves Veloso dos, Alves, Fábio Aguiar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53320
Resumo: Introdução: A colonização nasal por Staphyloccocus aureus resistentes à meticilina (MRSA) é o principal fator de risco para o desenvolvimento de infecção por este micro-organismo. Portadores do vírus HIV apresentam risco elevado de infecção por MRSA, apresentando maiores taxas de morbimortalidade que a população geral. Objetivo: Avaliar a prevalência e a incidência de colonização nasal por MRSA em pacientes HIV positivos internados no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas – INI – Fiocruz. Material e métodos: Estudo de coorte retrospectivo em único centro com amostras de MRSA (172) obtidas por coleta de “swab” nasal e sítios de infecção. Foram incluídos 764 pacientes entre janeiro de 2010 a dezembro de 2015. Os dados clínicos e epidemiológicos foram obtidos por análise dos prontuários eletrônicos. Foram realizadas caracterização fenotípica e genotípica por PCR para os genes Sa442 e mecA, além dos genes da PVL. A caracterização clonal foi realizada pelas técnicas de Spa-typing e MLST. As variáveis categóricas foram analisadas pelos testes Qui-quadrado de Pearson e Wilcoxon. Resultados: A prevalência global de colonização nasal por MRSA foi de 12,2% (IC 95%: 9.8 – 14.5) e a prevalência global de infecção foi de 3,5% (IC 95%: 2,2 – 4.8), sendo que a prevalência de infecção entre os colonizados foi de 18,3% (IC 95%: 10,3 – 26,3). Internação prévia nos últimos 12 meses (OR = 5; IQR 1.5 - 17.8; p = 0.005) e hepatite B (p=0,01) são fatores de risco para colonização, a qual aumenta em 65,5 vezes a probabilidade de morte (OR = 65,5; IC95%: 29,6 – 166,6). Processos infecciosos aumentam em 35,5 vezes a chance de ir a óbito (OR=35,5; IC95%: 15,3 – 85,5). Os genes Sa442 e mecA foram encontrados em 100% das amostras. Os clones identificados foram ST239, ST30, ST5 e ST1. A positividade para os genes da PVL foi maior entre ST30 (89%). Conclusão: A prevalência de colonização na admissão foi de 5,8 % (IC 95%: 4,1 – 7,4) com 6,6 % (IC 95%: 4,8 – 8,3) de incidência durante a internação. A Incidência de infecção foi de 1,3% (IC 95%: 0,7 – 1,9). Internação prévia nos últimos 12 meses (OR = 5; IQR 1.5 - 17.8; p = 0.005), hepatite B (p=0,01) e insuficiência renal crônica (p=0,05), são fatores de risco para colonização. Processos infecciosos aumentam em 35,5 vezes a chance de ir a óbito (OR=35,5; IC95%: 15,3 – 85,5). Foi confirmada a circulação dos clones ST30, ST239 e ST5 no ambiente hospitalar. Os resultados da CIM para vancomicina estão dentro dos valores de sensibilidade