Vínculos e rupturas na adoção: do abrigo para a família adotiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Mendes, Cynthia Lopes Peiter Carballido
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-27032009-153918/
Resumo: O interesse por este trabalho surgiu de nossa experiência com casos de adoção no Grupo Acesso Estudos, Pesquisa e Intervenção em Adoção, no Instituto Sedes Sapientiae. Lá acompanhamos casos com abruptas retiradas de crianças dos abrigos, para inserção nas famílias adotivas, sem prévia preparação. Esta exposição de crianças a delicadas experiências de abandono psíquico demonstrou a necessidade de estudarmos este tema. Pretendemos abordar a adoção de crianças entre dois a cinco anos, buscando focalizar o momento específico de seu desligamento do abrigo e a entrada na família adotiva. Procuraremos investigar quais as angústias presentes neste momento de rupturas de vínculos significativos e que impõe a necessidade de construção de novos investimentos afetivos. Utilizaremos, para esta pesquisa, o método psicanalítico, através do qual analisaremos relatos transcritos do atendimento psicoterápico de uma criança que nos procurou, buscando ser ajudada na colocação em família adotiva. Os atendimentos tiveram início quando a criança ainda encontrava-se no abrigo e estenderam-se até a chegada na família adotiva. O trabalho baseou-se em referenciais psicanalíticos, sendo também esta a referência teórica para a compreensão da paciente. Procuraremos demonstrar como uma criança adotada pode experimentar significativas descontinuidades, decorrentes de rupturas de seus vínculos anteriores, e que a elaboração psíquica destas perdas deve ser levada em conta no processo de adoção, podendo interferir no estabelecimento das novas relações familiares. Além disso pretendemos investigar a função do setting terapêutico como um espaço possibilitador de transicionalidade, na passagem para a família adotiva.