Limites e possibilidades do processo de orientação profissional e de carreira como estratégia emancipatória para Estudantes de cursinhos populares nos formatos presencial e on-line em tempos de pandemia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Rodrigo Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-30082023-160109/
Resumo: Compreender se, e como, um processo de orientação profissional e de carreira (OPC) on-line e presencial dentro de um cursinho popular pré-universitário pode se constituir numa estratégia orientada para a emancipação de seus estudantes é o objetivo desta pesquisa qualitativa. Realizou-se entrevistas individuais on-line com seis orientandos/as sendo cinco mulheres, e um homem, entre 17 e 34 anos, destes, dois jovens passaram pelo processo de orientação de forma presencial e os/a demais no modelo on-line. Também foram feitas duas rodas de conversas, uma com professores/as e coordenadores/as dos cursinhos, para conhecermos suas percepções sobre a OPC, e outra roda de conversa com a dupla de psicólogos/as responsáveis pela OPC dos cursinhos. As narrativas foram analisadas pela abordagem sócio-histórica através da construção de indicadores e categorias analíticas. A OPC demonstrou capacidade estratégica para auxiliar na conscientização crítica dos/as orientandos/as sobre si e o mundo, na construção do esperançar e no acesso à outras realidades. Os resultados ainda apontaram que a pandemia da COVID-19 e os retrocessos protagonizados pelo então, presidente da república, aprofundaram as desigualdades sociais e os principais obstáculos encontrados nos processos emancipatórios dos/as orientandos/as foram: dificuldades financeiras, desemprego, conflitos familiares, conjuntura política, precarização do ensino público, violências, preconceitos, evasão escolar, exclusão digital, negligências e falta de conscientização racial. As principais formas de enfrentamento e de resistência encontradas estão nas áreas do estudar e trabalhar. Como resultado e produto da pesquisa apresenta-se uma proposta de estratégia de OPC orientada à emancipação, onde as categorias Relação Intersubjetiva, Reconhecimento Intersubjetivo e Informação Dialogada despontaram como centrais nessa proposta.