Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Paiva, Mariana Marzoque de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-18092019-170630/
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Resumo: |
Tradicionalmente, a orientação profissional se ocupou de cuidar das carreiras masculinas, foi concebida e escrita por homens universitários brancos de classe média para homens brancos de classe média. Nos dias atuais, as teorias desenvolvidas neste campo são carentes de estudos sobre outras classes sociais e especialmente, para o público feminino. A participação da mulher no mundo do trabalho é uma questão social relevante, devido a barreiras culturais que ainda persistem, e a uma divisão sexual do trabalho que lhes atribui às funções de cuidado e reprodução social na esfera doméstica, que não são consideradas trabalho. A psicologia tem se aproximado dos estudos de gênero na compreensão dos fenômenos sociais que secularmente foram estruturados dentro de uma sociedade patriarcal que se apresenta misógina e heteronormativa. O desafio proposto nesta dissertação foi o de investigar na literatura como as questões de gênero estão sendo retratadas na orientação profissional e de carreira pela psicologia nos periódicos publicados na Revista Brasileira de Orientação Profissional, compreender onde estão as lacunas e como elas são percebidas pela comunidade acadêmica das ciências psicológicas. Trata-se de uma orientação profissional compromissada do ponto de vista político e ético, que fundamenta suas análises com vistas para as as questões de gênero? Buscou-se superar as concepções tradicionais da psicologia positivistas e suas ortodoxias, aproximando-se da Psicologia Feminista e suas discussões de gênero que compreendem os fenômenos sociais como construções sociais, históricas e culturais estabelecidas, em uma sociedade marcada pela desigualdade nas relações entre os homens e mulheres. Foram 29 números da revista publicados semestralmente entre os anos de 2003 e 2017, totalizando 335 textos publicados, destes, apenas 12 publicações relacionam Gênero com a Orientação Profissional. Os artigos foram analisados na íntegra com base em alguns critérios e subdividos em três categorias, a saber: Gênero: o feminino versus o masculino; em Gênero: intervenções sistêmicas, Gênero: conciliação família-trabalho. Podemos afrmar, com base na análise dos artigos, que foram constatadas investigações compromissadas com a emancipação das mulheres em seu desenvolvimento profissional e acadêmcio, em especial, os estudos qualitativos apresentaram em suas pesquisas preocupações com a prática da Orientação Profissional dirigida às meninas e mulheres. Todavia, foi observado estudos empíricos que embora tenha trazidos comparações entre jovens e moças em seus resultados investigativos, não fundamentou suas análises com vistas para as as questões de gênero; na ocasião o foco desta/es pesquisadores demonstraram estar voltados para a validação de um instrumento ou caracterização do público atendido. Concluiu-se que a Orientação Profissional é relevante para a carreira de todas as mulheres e o papel da/os profissionais desta área específica da Psicologia que discute, pesquisa e atua no trabalho e nas carreiras profissionais, tem como responsabilidade, defender e propor práticas que promovam a justiça social equidade de gênero |