Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Merletti, Cristina Keiko Inafuku de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-22122017-093259/
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Resumo: |
A relação família-escola é historicamente acompanhada de conflitos, evidenciados no período em que a criança pequena depende significativamente tanto dos cuidados dos pais quanto dos professores, tornando-se preocupação crescente na Educação Infantil. A pesquisa realizada no campo da creche verificou situações de rivalidade e de culpabilização, efeitos da relação ambivalente que pais e educadores estabelecem entre si na divisão das responsabilidades e das funções destinadas ao bebê, fundamentalmente em seu ingresso na instituição. Diante deste cenário, o estudo fundamentou um dispositivo para mediar a aproximação entre pais e professores, servindo também como recurso disparador de reflexões acerca de sua influência no desenvolvimento e na constituição psíquica da criança. Para tal, propôs-se metodologicamente uma formação por meio dos IRDI (Indicadores de Risco do Desenvolvimento Infantil), articulada aos princípios da Educação Terapêutica, ambos pautados na teoria psicanalítica. Por parte dos pais, verificou-se que a formação promoveu debates entre eles acerca de suas funções educativas, das significações atribuídas à criança e de seus efeitos na relação com os filhos. Verificou-se, ainda, que tal formação auxiliou alguns pais a demandarem ajuda, ao detectarem algum sofrimento de ordem psíquica, ou na investigação de alguma afecção de cunho orgânico na criança. Por parte da creche, verificou-se que as professoras apropriaram-se da formação realizada a partir de seu próprio saber e ofício, encontrando meios de auxiliar os bebês que as preocupavam, considerando a singularidade e as necessidades de cada um, ainda que situados no campo coletivo. O estudo permitiu que se extraíssem princípios norteadores para a construção de uma parceria possível entre pais e professores, compondo uma rede de cuidados e promovendo uma educação subjetivante para a criança pequena. A tese apresenta os fundamentos de um tratamento das relações entre pais e professores na Educação Infantil, visando prevenir rupturas nesta relação inicial e colaborando com a promoção da saúde mental no tempo da primeira infância |