O que as professoras esperam dos bebês nas creches? Um estudo sobre a autonomia da criança a partir da psicanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Plothow, Sabrina Vicentin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-27032019-175525/
Resumo: A noção da autonomia é abordada por diversos campos, como a filosofia, pedagogia, psicologia e psicanálise, que concordam que a autonomia é algo conquistado pelo ser humano de modo gradativo. Para isso, é imprescindível que se conte com a ajuda de outro ser humano para tal. Porém, há uma corrente equivocada de pensamento que dispensa o adulto de sua participação ativa para apoiar as crianças desde cedo, o que pode ser prejudicial para a constituição subjetiva delas. Partindo, desta dissonância em relação à autonomia, esta pesquisa tem como objetivo problematizar a noção presente no discurso de professoras sobre a autonomia dos bebês em um berçário. Para tal, foi realizada uma revisão da literatura; intervenções trianguladas com um bebê e suas professoras na creche; o uso do protocolo IRDI para acompanhar este bebê na relação com estas professoras e uma reunião com a equipe da creche a fim de explicitar os indicadores do bebê que foi acompanhado. Utilizamos nesta pesquisa, com base na teoria psicanalítica, as noções de alienação e separação postuladas por Jacques Lacan, para explorar a relação entre bebê e professoras na creche, bem como na obra de Freud, sobre a relevância da participação de um adulto que realize ações necessárias para a constituição subjetiva. Fundamentos teóricos estes que nortearam as intervenções realizadas, justamente por destacar que os bebês nascem dependentes do outro. Os resultados obtidos a partir das intervenções na relação destas professoras com este bebê nos permitem discutir: as mudanças em relação ao bebê, inicialmente passivo; os giros nas posições discursivas de suas professoras; a reverberação dos efeitos obtidos na relação entre um bebê e suas professoras para os demais bebês da creche e a importância para a atenção à constituição psíquica dos bebês. Ao final deste trabalho, apresentamos as contribuições possíveis a partir da interface entre a psicanálise e a educação no sentido do olhar para o psiquismo dos bebês