Avaliação da virusneutralização cruzada frente BVDV - 1 e BVDV - 2 no diagnóstico da diarréia viral bovina em animais naturalmente infectados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ribeiro, Claudia Pestana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-15072009-131648/
Resumo: A Diarréia Viral Bovina (BVD) provoca grandes perdas econômicas na pecuária mundial, é causada pelo vírus da diarréia viral bovina (BVDV), vírus que apresenta diversidade genética e antigênica entre as estirpes o que provavelmente influencia no diagnóstico. Com a proposta de verificar a presença de anticorpos, sua mensuração e neutralização cruzada frente quatro estirpes do vírus, amostras de 1500 bovinos não vacinados contra BVDV, sendo 519 de 15 rebanhos do Estado de Minas Gerais (MG), 499 de cinco rebanhos do Mato Grosso do Sul (MS) e 482 de cinco rebanhos de São Paulo (SP), foram testadas pela técnica de virusneutralização (VN) com as seguintes estirpes citopatogênicas: BVDV-1 (NADL estirpe americana e IBSP-11 isolado nacional) e BVDV-2 (VS-253 estirpe americana e IBSP-1020 isolado nacional). Dos 1500 animais, a variação da frequência de sororreagentes ao BVDV foi de 66,07% a 68,67%, ao analisar os diferentes grupos de animais, de acordo com o estado, a maior frequência de anticorpos foi obtida no MS, seguida por MG e SP, independente da estirpe utilizada na VN. O isolado nacional do genótipo 2, IBSP-1020 foi a estirpe que resultou em maior detecção de reagentes em MG e MS, enquanto que em SP foram as estirpes do genótipo 1. A avaliação dos resultados com as quatro estirpes revelou 73,27% (1099/1500) de animais reagentes a pelo menos um dos vírus, enquanto que, 57,60% (864/1500) foram reagentes aos quatro vírus, simultaneamente, ou seja, estes animais produziram anticorpos que reagiram com todas as estirpes em questão. Os títulos de anticorpos variaram de 10, valor mínimo de detecção da prova, a 5120, sendo que a maior parte dos animais apresentou títulos entre 40 e 160, os títulos observados nos animais de SP foram mais baixos com relação aos animais dos outros estados. A avaliação dos títulos de anticorpos de cada animal, comparando o resultado das estirpes duas a duas, revelou diferença na maioria das situações. Conclui-se que, houve alta frequência de ocorrência de bovinos reagentes ao BVDV, que variou de acordo com o sistema de criação e manejo dos rebanhos. Além disso, a utilização de mais de uma estirpe viral, independente do genótipo ou do local de origem do isolado, aumentou a sensibilidade de detecção de animais sororreagentes na VN. Foi evidenciada neutralização cruzada entre todas as estirpes estudadas. Os resultados reforçam a importância de selecionar estirpes representativas das regiões a serem estudadas para inclusão na VN, visando aumentar a sensibilidade do diagnóstico.