Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria de Fatima José da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-04102006-151857/
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Resumo: |
Essa tese se constitui em uma reflexão crítica que contempla o desemprego do mercado de trabalho formal dos trabalhadores brasileiros e argentinos e sua passagem para o emprego/ocupação na informalidade. Além disso, diagnosticamos, por meio de depoimentos, os efeitos da mudança de emprego sobre a saúde física e mental do grupo de trabalhadores que participou deste estudo. Investigamos também a visibilidade e eficácia dos programas públicos de emprego e saúde dos dois países. Desenvolvemos um conjunto de reflexões teóricas versando sobre as mudanças do mercado de trabalho e o novo padrão de desenvolvimento capitalista, e o processo de informalidade e as razões que levam à inserção dos trabalhadores no mercado de trabalho informal e suas conseqüências sociais. Conceituamos saúde, saúde física e mental, promoção da saúde e trabalho para analisar as políticas públicas e suas influências na saúde dos cidadãos. Caracterizamos e analisamos o complexo saúde/trabalho/informalidade/inseguridade social na Argentina e no Brasil. Através de Sondagem, traçamos o perfil de ex-empregados do mercado de trabalho formal que hoje estão empregados/ocupados na informalidade, e verificamos os agravos na saúde física e mental dos trabalhadores. Dentre os resultados alcançados, destacamos os seguintes: o trabalhador se sente inseguro por estar à margem do Sistema Público de Seguridade Social; a demissão produz um impacto nitidamente marcante sobre a saúde física e mental do trabalhador imediatamente após a sua concretização; os sintomas/sentimentos mais citados derivados da demissão e da passagem para a informalidade são inapetência, insônia, tensão nervosa, paranóia, medo, depressão, aumento na agressividade, sentimentos de impotência psíquica, medo do futuro, desesperança, tristeza, raiva, dores de cabeça e dores de estomago, entre outros. Além disso, constatamos a presença freqüente de distúrbios nas relações interpessoais, com reflexo acentuado na família do ex-empregado; a condição de informalidade, por estar associada à inseguridade social, contribui de forma significativa para o sentimento de desamparo do ex-empregado; a maioria dos trabalhadores acredita que o governo deva criar mecanismos que possibilitem enfrentar a condição de inseguridade social na qual vivem. Diagnosticamos também elementos que podem levar ao questionamento e aprimoramento de programas públicos de emprego e saúde, com o objetivo de torná-los operacionais e eficazes. A principal diferença de comportamento observada entre os trabalhadores argentinos e brasileiros da amostra, refere-se à auto-estima, estrutura emocional com maior resistência para suportar cargas emocionais, consciência política e social e formação educacional. |