Distribuição do tempo de trabalho das enfermeiras em unidade de emergência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Garcia, Eliana de Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7131/tde-22062009-125228/
Resumo: As dificuldades encontradas para a operacionalização dos métodos de dimensionamento de pessoal de enfermagem nas unidades de emergência estão diretamente relacionadas à escassez de estudos e de parâmetros que instrumentalizem as enfermeiras para a determinação do quadro de pessoal. Diante deste cenário, este estudo teve por objetivo identificar e analisar a distribuição do tempo de trabalho das enfermeiras em uma unidade de emergência, bem como calcular o tempo médio despendido por estas profissionais na execução das intervenções/atividades de enfermagem. Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa, descritiva, do tipo estudo de caso, realizada em um Hospital geral, universitário, localizado no município de São Paulo. Para alcançar os objetivos do estudo foi utilizado o método de amostragem de trabalho. A identificação das atividades de enfermagem, realizadas pelas enfermeiras, ocorreu mediante avaliação das fichas de atendimento dos pacientes e da observação direta das enfermeiras no cotidiano do trabalho na Unidade, que foram, posteriormente, categorizadas de acordo com um sistema padronizado de linguagem (NIC) e classificadas em intervenções de cuidado direto, intervenções de cuidado indireto, atividades associadas e de tempo pessoal. Os dados foram coletados no período de 11 a 14 de novembro de 2008, por seis observadoras de campo, treinadas especificamente para a realização deste procedimento. Obteve-se 1512 amostras das atividades realizadas pelas enfermeiras, verificando-se que as intervenções e atividades de enfermagem que mais utilizaram o tempo de trabalho das enfermeiras foram: Passagem de Plantão (8,79%), Cuidado na Admissão (7,40%), Documentação (6,74%), Troca de Informações sobre Cuidados de Saúde (5,42%), Delegação (4,36%), Transporte (3,44%), Supervisão de Funcionários (2,91%) e Plano de Alta e Administração de Medicamentos EV (2,12%). Observou-se que 35% do tempo das enfermeiras foram dedicados às intervenções de cuidado indireto, 35% às intervenções de cuidado direto de enfermagem, 18% às atividades de tempo pessoal e 12% às atividades associadas. A produtividade média destas profissionais correspondeu à 82%, considerado excelente, conforme os critérios de avaliação da produtividade propostos na literatura. A análise comparativa dos tempos identificados com os tempos estimados pela NIC permitiu verificar que 54,4% apresentaram correspondência com os intervalos de tempo estimados pela NIC. Com este estudo evidenciam-se perspectivas para a realização de novas investigações que contribuam para a identificação de parâmetros que subsidiem o processo de dimensionar pessoal de enfermagem nos serviços de emergência