Caracterização e avaliação em viveiro de híbridos de polinização aberta de Eucalyptus spp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1990
Autor(a) principal: Cangiani, Silvana Maria Paes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191108-120625/
Resumo: No presente estudo, híbridos de Eucalyptus saligna x E. tereticornis e de Eucalyptus grandis x E. camaldulenis produzidos através da técnica de polinização aberta, foram avaliados quanto ao comportamento e as características mais importantes para identificação e conseqüente seleção em viveiro, aos 3 e aos 8 meses de idade. O Eucalyptus saligna x E. tereticornis foi obtido plantando-se urna linha de Eucalyptus saligna Smith entre três linhas de Eucalyptus tereticornis Smith, coletando as sementes em duas árvores de Eucalyptus saligna. O híbrido Eucalyptus grandis x E. camaldulensis foi obtido plantando-se uma linha de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden entre três linhas de Eucalyptus camaldulensis Dehn, coletando as sementes em duas árvores de Euealyptus grandis. Os híbridos foram comparados às respectivas espécies parentais, pertencentes a mesma procedência e lote de sementes. Para o híbrido Eucalyptus saligna x E. tereticornis as características mais importantes para a identificação foram altura da planta, comprimento, largura e coloração das folhas e comprimento do pecíolo. Para esse cruzamento foram identificados fenotipicamente cinco tipos híbridos com base em características foliares. O híbrido apresentou sistema radicular profundo, semelhante ao Eucalyptus tereticornis. Aos 8 meses foram observados botões florais. O híbrido-mostrou-se vigoroso nas idades avaliadas. Para o híbrido Eucalyptus grandis x E. camaldulensis as características mais importantes para a identificação foram comprimento, largura e coloração das folhas, comprimento do pecíolo e presença da tuberosidade lenhosa. A tuberosidade lenhosa foi identificada apenas aos 8 meses. Foram identificados fenotipicamente dois tipos híbridos aos 3 meses e quatro aos 8 meses, tendo como base características foliares e tuberosidade lenhosa. O sistema radicular do híbrido foi semelhante ao do Eucalyptus grandis e este cruza mento não mostrou superioridade em relação às espécies parentais nas idades avaliadas. Nos dois cruzamentos estudados a avaliação fenotípica subestimou a porcentagem de híbridos em relação à idade de 8 meses. Para o cruzamento Eucalyptus saligna x E. tereticornis identificou-se 40% e 72% e, para o cruzamento Eucalyptus grandis x E. camaldutensis 13% e 33% de híbridos, aos 3 e 8 meses, respectivamente. A análise discriminante identificou para o cruzamento Eucalyptus saligna x E. tereticornis 70% e 83% e para o cruzamento Eucalyptus grandis x E. camaldulensis 62% e 57% de híbridos aos 3 e 8 meses, respectivamente. Esses valores altos foram atribuídos ao grande número de plantas com aspecto intermediário de difícil identificação e, em alguns casos, a escolha das características que não permitiram uma boa discriminação dos materiais genéticos. Os híbridos mostraram diferentes padrões de segregação das características.