Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Laurentis, Guilherme Lucas de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-08012013-090756/
|
Resumo: |
Esta pesquisa é parte do projeto FAPESP-IAV \"Assessment of Impacts and Vulnerability to Climate Change in Brazil and Strategies for Adaptation Options\". Avaliou-se a acoplagem entre o modelo climático regional Eta-CPTEC, o modelo hidrológico de grandes bacias MGB-IPH e o modelo de transferências de riscos hidrológicos MTRH-SHS como estratégia de adaptação à escassez hídrica em regimes fluviométricos sob mudanças de longo prazo. A metodologia foi aplicada em postos de monitoramento fluviométrico cujas áreas de drenagem variaram entre 386,6 e 10.929,9 \'KM POT.2\', pertencentes à bacia hidrográfica do Rio Piracicaba, com área total de 12.589 \'KM POT.2\'. Buscou-se avaliar a aptidão do MGB-IPH em representar as vazões mínimas médias anuais de sete dias consecutivos, Q7mín. A calibração e a validação do MGB-IPH corresponderam ao período 1971-1990. Com o MGB-IPH calibrado e validado, foram acoplados dados climáticos diários de saída do Eta-CPTEC, referentes ao período 2013-2099. Foram obtidas séries de Q7mín anuais que representaram a vulnerabilidade de escassez hídrica referentes a quatro cenários de mudanças globais para o período 2013-2099. Um quinto cenário, sem mudanças, foi proposto como a manutenção de características de Q7mín anuais observados. Foram gerados cenários para cinco sub-bacias, com áreas de 927,1 a 10.929,9 \'KM POT.2\'. Procedeu-se à análise de riscos, associando os prejuízos econômicos dos impactos decorrentes das vazões mínimas anuais nos cinco cenários propostos. Para o MTRH-SHS selecionaram-se a série de mínimos anuais, Q7mín-ano, em cada cenário, associado a um prejuízo distribuído pela área da bacia. Para o ressarcimento dos prejuízos, otimizou-se o prêmio a ser pago pela aplicação do MTRH-SHS sob diferentes limites de cobertura do fundo de seguros, curvas de danos regionais e para tempos de retorno de 10 até 100 anos. Os resultados demonstraram diferentes impactos das mudanças globais conforme cada cenário. A variação climática resultou em impacto de +24,8% na Q7mín média futura. Por sua vez, a expansão da urbanização dos municípios da bacia representou impacto de +0,2% na variação da Q7mín. A operação do Sistema Cantareira, que atua nas cabeceiras, potencialmente interfere em -14,6% da disponibilidade hídrica da bacia. As combinações de mudanças dos cenários resultaram em prejuízos e prêmios de acordo com a cobertura selecionada. Os prejuízos foram de 9,5 a 1.437 R$/\'KM POT.2\' e os prêmios otimizados para ressarcir esses prejuízos situaram-se entre 9,9 e 1.479 R$/\'KM POT.2\'. Concluiu-se sobre a viabilidade da estratégia de acoplagem entre os modelos como alternativa de adaptação para o planejamento estratégico na recuperação de bacias hidrográficas vulneráveis a eventos extremos de escassez hídrica. |