Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Queiroz, Natália Sousa Freitas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-06042018-115914/
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Resumo: |
Introdução: A Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma das desordens mais comuns da prática clínica. Dados americanos indicam que pirose, o sintoma mais predominante desta condição, ocorre pelo menos uma vez por semana em até 20% da população estudada. A etiologia da DRGE é multifatorial, mas a incompetência da junção esofagogástrica (JEG) tem importância crucial. Alguns parâmetros manométricos já estabelecidos para avaliação da função de barreira anti-refluxo da JEG apresentam eficácia insuficiente, provavelmente porque refletem apenas um breve e, não necessariamente representativo, período de aquisição (até 30 segundos). Este estudo testou a habilidade de novos métodos para avaliação funcional da JEG, através da manometria de alta resolução (MAR), para avaliação do padrão de refluxo avaliado por monitorização prolongada do pH. Métodos: Estudo multicêntrico internacional, onde 517 participantes foram submetidos à MAR associada ou não à monitorização prolongada do pH para estudo da função de barreira anti-refluxo da JEG. A morfologia da JEG, classificada através de seus três subtipos (tipo I, onde EIE e CD estão interpostos; tipo II, onde há separação entre EIE e CD de até 2 cm; e tipo III, com separação entre EIE e CD superior a 2 cm), pressão integrada do esfíncter inferior do esôfago (PI-EIE) e índice de contratilidade da junção esofagogástrica (IC-JEG) foram comparados com o índice de contratilidade da junção esofagogástrica total (IC-JEG Total), um novo parâmetro que sumariza a função de barreira da JEG durante todo o protocolo da MAR. Foi considerada anormal exposição ácida esofágica >= 4.2 % / 24 h (grupo pH-Reflux-pat), enquanto pacientes sem exposição ácida anormal compuseram o grupo pH-Reflux-fis. Resultados: 65 voluntários sadios e 452 pacientes completaram a MAR. Trezentos e oitenta (84%) dos pacientes foram submetidos à monitorização prolongada do pH. PI-EIE, IC-JEG, IC-JEG Total se correlacionaram com os subtipos morfológicos da JEG (todos p <.00001). Somente o IC-JEG Total foi consistentemente mais baixo nos pacientes pH-Reflux-pat comparados com os voluntários sadios e os pacientes do grupo pH-Reflux-fis. IC-JEG Total também foi o parâmetro isolado com melhor capacidade de predizer refluxo anormal (ponto de corte ótimo 77 mmHg·cm, AUC 0.645, p < .0001). Esse valor de ponto de corte apresentou sensibilidade de 86% e valor preditivo positivo de 57%, com especificidade de 39% e valor preditivo negativo de 74% para o diagnóstico de DRGE. Conclusão: Parâmetros da MAR que avaliam a contratilidade da JEG são capazes de distinguir pacientes com e sem exposição ácida patológica e voluntários sadios. IC-JEG Total permite um aprimoramento da avaliação da função de barreira da JEG |