Avaliação da motilidade esofágica após ligadura elástica endoscópica das varizes do esôfago

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moreira, Alecsandro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194092
Resumo: Avaliação da motilidade esofágica após ligadura elástica endoscópica de varizes de esôfago. 2020. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Botucatu, 2020. A ligadura elástica das varizes esofágicas, por via endoscópica, é o procedimento mais indicado na prevenção primária e secundária da hemorragia digestiva alta varicosa. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto da ligadura elástica sobre a motilidade esofágica e sintomas antes e após a erradicação das varizes esofágicas. Foram avaliados pacientes com cirrose hepática portadores de varizes de esôfago passiveis de terapêutica endoscópica. Aplicou-se um questionário padronizado de sintomas do trato digestivo alto, manometria convencional esofágica de 8 canais e estudo do trânsito esofágico por cintilografia marcado com tecnécio-99m antes da primeira ligadura elástica e até 2 semanas após a constatação da erradicação das varizes. Dos 101 pacientes iniciados, concluiu-se todos os exames e questionários em 65 pacientes, cuja média de idade foi de 59,5±11,2 anos, 43 (67,7%) eram homens, 47 (72,3%) eram Child-Pugh A e as etiologias mais frequentes foram 22 (33,9%) VHC e 17 (26,2%) etilismo. Os resultados mostraram que na manometria esofágica não houve diferenças na pressão basal e no relaxamento dos esfíncteres. No corpo esofágico não houve alteração no peristaltismo, mas ocorreu aumento na pressão de amplitude na altura de 3cm a montante do esfíncter inferior de 72,8±39,4mmHg para 81,4±40,1mmHg (p=0,015). No ensaio do trânsito esofágico por cintilografia ocorreu elevação do tempo no seguimento inferior do esôfago de 17,7±10,5 segundos para 20,9±12,9 segundos (p=0,043), demais seguimentos, coordenação e retenção não tiveram diferença estatística. Após a erradicação das varizes todos os sintomas abordados não tiveram diferença significativa em relação ao questionamento inicial. Conclui-se que não houve mudanças nos sintomas do trato digestivo alto antes e após a ligadura elástica. Todavia, concluiu-se que a ligadura elástica pode causar alterações da motilidade esofágica no seu terço distal aferidas, tanto na manometria como na cintilografia e que tais modificações foram incapazes de promover sintomas ao paciente.