Hereditariedade, progresso e decadência no pensamento médico-eugenista de Renato Kehl

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Prior, Tamara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-02052016-113111/
Resumo: Resumo: Ao longo da história, o tema da hereditariedade apresentou-se sob interpretações variadas. O desenvolvimento das ciências biológicas permitiu, por um lado, maior conhecimento sobre seus mecanismos; por outro, tornou imprescindível a reflexão sobre determinismos teóricos que parecem recair, principalmente, sobre o campo das ciências da Saúde. A história do movimento eugenista é um evento que permite importantes reflexões sobre o passado e o presente. O termo \"eugenia\" foi criado por Francis Galton em 1883 para nomear uma ciência que visava o melhoramento do patrimônio biológico da humanidade. Para tanto, deveria oferecer teorias e métodos rumo à perfectibilidade física e mental. Renato Kehl (1889-1974), médico e farmacêutico paulista, foi um dos principais expoentes da eugenia brasileira, tomando para si, com afinco, a tarefa de publicista e articulador das sociedades eugênicas que aqui se formaram nas primeiras décadas do século XX. Algumas noções de progresso versus decadência contidas em suas obras em prol do movimento médico-eugenista - publicadas majoritariamente entre 1917 e 1940 - são tratadas nesta dissertação. Fizeram parte da campanha eugenista brasileira os debates acerca da esterilização dos \"indesejados\", das restrições matrimoniais e imigratórias e do confinamento dos chamados \"denegerados\". Nesse contexto o movimento eugenista foi apresentado pelos seus defensores como solução contra a supostamente inevitável e alarmante decadência que acometia o país que se formava