Discursos médico-eugenistas sobre a velhice no livro “Envelheça sorrindo”, de Renato Kehl (1949).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: PEREIRA, Antônio Carlos dos Santos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/31253
Resumo: Este trabalho objetiva analisar as formas de envelhecer consideradas saudáveis, ou não, no livro “Envelheça Sorrindo”, do médico eugenista Renato Kehl, publicado em 1949. Utilizando-se dos conceitos de discurso, biopolítica, eugenia, corpo e velhice, esse trabalho também se propõe, a partir dos tratados de Michel Foucault, levantar e problematizar questões intrínsecas nos discursos médicos eugenista sobre o corpo envelhecido a partir da obra inicialmente mencionada. Para o desenvolvimento desta pesquisa, escolhemos a Análise do Discurso, em Michel Foucault, como a metodologia de Investigação e observação a fim de compreender as estruturas discursivas e das práticas médicas destinados aos velhos, a profilaxia e as doenças relacionadas ao corpo envelhecido, e outras questões que envolvem o sujeito velho e as formas de envelhecer, a partir das considerações e recomendações médicas, como parte de um projeto biopolítico sobre os cuidados de si, com o corpo e a promoção da vida. O estudo sobre a obra analisada, possibilitou identificar as subjetividades e estruturas dos discursos eugênicos do médico Renato Kehl, na primeira metade do século XX, que evidencia o surgimento dos discursos e práticas etaristas que recaem, ainda hoje, sobre o corpo envelhecido e a velhice na nossa sociedade brasileira, comumente tomado como um corpo inválido, sujo, feio, fraco, mórbido e doente, e que deve ser evitado por todos aqueles que buscavam, na clínica médica, dispositivos e estratégias de possuir e promover um corpo belo, saudável, hígido e longevo.