Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1984 |
Autor(a) principal: |
Pires, Ismael Eleotério |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20220207-224647/
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Resumo: |
A algaroba - Prosopis juliflora (SW.) DC. pertencente à família Leguminoseae (Mimosoideae), foi introduzida na região semi-árida do Nordeste brasileiro na década de 1940, proveniente de Piura, norte do Peru e do Sudão. Desde então vem sendo plantada intensamente na região com fins basicamente de produção de madeira e forragem. Dada a sua importância sócio-econômica para o Nordeste, bem como sua característica de resistência seca, campanhas de distribuição de mudas a nível de governos municipais e estaduais têm sido estabelecidas. Por outro lado, nos últimos anos o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) já aprovou a implantação de mais de 50.000 hectares de algaroba com incentivos fiscais na região. Uma preocupação que surge nesse programa é quanto a qualidade genética das sementes utilizadas, uma vez que são obtidas na própria região sem nenhum controle de produção. Sendo a espécie alógama e diante da provável base genética restrita da população existente, é possível que esteja se utilizando material com elevado índice de endogamia. Assim sendo, desenvolveu-se este trabalho com vistas ao entendimento dos aspectos genéticos da população e o estabelecimento de estratégias de melhoramento de P. juliflora na região Nordeste. Utilizaram-se para os estudos 30 progênies de polinização livre, provenientes de uma população implantada em 1972 na Fazenda Pendência, em Soledade - Paraíba, pertencente à Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba, a qual constitui provavelmente uma terceira geração das árvores introduzidas inicialmente. O ensaio foi instalado em dois locais, segundo o delineamento de látice retangular triplo 5x6. As parcelas foram lineares, com 10 plantas, em espaçamento de 3 x 3 metros. A avaliação feita aos 18 meses de idade, para altura, altura mais raio médio da copa, raio médio da copa, diâmetro da base das plantas, número de bifurcações, forma das plantas e sobrevivência, não mostrou diferenças significativas entre progênies pelo teste F, para a maioria das características. O coeficiente de herdabilidade no sentido restrito apresentou valores muito baixos para todas as características avaliadas. Os baixos coeficientes de herdabilidade associados aos baixos coeficientes de variação genética e a alta variação entre plantas dentro de famílias para as características de crescimento, indicam uma baixa variabilidade genética na população e sugerem a existência de um elevado nível de endogamia na mesma. Conclui-se, portanto, que outras avaliações devam ser feitas em idades mais avançadas para confirmação destes resultados e, enquanto isso, a utilização desse material só deve ser considerada em programas a curto prazo. A longo prazo, deve-se pensar na ampliação da base genética das populações existentes através da introdução de novos materiais da região de ocorrência natural. |