Variação genética em progênies de uma população de Eucalyptus grandis (Hill) Maiden

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1980
Autor(a) principal: Kageyama, Paulo Yoshio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20210104-160444/
Resumo: O presente trabalho ê um estudo da variação genética em progênies de polinização livre de Eucalyptus grandis (Hill) Maiden de arvores selecionadas fenotipicamente em população-base originaria de Coff’s Harbour - Austrália. Os ensaios foram instalados em cinco locais: Agudos, Anhembi, Brotas, Lençóis Paulista e Resende, em novembro e dezembro de 1976. O delineamento utilizado foi o latice triplo com 64 (8 x 8) tratamentos, envolvendo as progênies de arvores selecionadas da população-base, progênies de outras populações, testemunha comercial e amostra de população-base sem seleção. Os resultados obtidos no primeiro ano revelaram um crescimento médio em altura, nos cinco locais de ensaio, de 5,27 metros, variando de 4,24 (Brotas) a 6,11 metros (Resende), mostrando o potencial do material genético nas condições estudadas. A população-base de E. grandis estudada apresentou, nessa idade, considerável variação genética para a altura de plantas em todos os locais estudados, mostrando a possibilidade de seleção e melhoramento. A variação genética para a sobrevivência de plantas nas parcelas, por sua vez, foi menos expressiva, e variável de local para local. As estimativas de ganhos realizados na seleção fenotípica das árvores que geraram as progênies foram em média de 5,65% para a altura de plantas, nos cinco locais com um ano de idade, mostrando a variação entre materiais com e sem seleção desde as idades iniciais. Os dados de crescimento em altura aos dois anos de idade, com média de 12,08 metros nos cinco locais confirmam o potencial de crescimento do material genético testado. As estimativas de ganhos realizados na seleção fenotípica, aos dois anos de idade, foram similares às obtidas no primeiro ano para a altura de plantas e equivalentes a 6,22%. Essas estimativas foram de 24,3%, 13,43%, 8,41% e 1,59% para a sobrevivência, a forma do tronco, o volume cilíndrico e o DAP, respectivamente, indicando os avanços genéticos obtidos pela utilização de um ciclo de seleção fenotípica na população em estudo. Ao nível de locais individuais, aos dois anos de idade, foram detectadas variações genéticas diferenciais entre progênies para todas as características estudadas, embora tenham sido constatadas variações significativas para a maioria das características nos diversos locais. Os valores de eficiências dos latices encontrados justificaram a instalação dos experimentos nesse tipo de delineamento. Ao nível de locais em conjunto, aos dois anos de idade, foram detectadas variações genéticas entre progênies para todas as características estudadas, exceto para a sobrevivência das plantas. O efeito de locais mostrou-se significativo e bastante expressivo para todas as características estudadas. O efeito da interação de progênies por locais mostrou-se também significativo para todas as características, refletindo-se na redução das herdabilidades e, portanto, na seleção para locais em conjunto. As variâncias genéticas entre progênies, estimadas para altura, DAP e forma do tronco, mostraram boas precisões, a julgar pelos baixos desvios padrões encontrados. As herdabilidades no sentido restrito estimadas ao nível de plantas foram similares as obtidas entre plantas dentro de progênies, e que, por sua vez, foram bem inferiores as obtidas ao nível de média de progênies para as características estudadas. As estimativas dos diferentes tipos de herdabilidades foram de maiores magnitudes para a forma do tronco, vindo a seguir a altura e o DAP, mostrando as perspectivas de resposta a seleção dessas características. As estimativas de ganhos genéticos com a seleção entre e dentro de progênies nos locais individuais mostraram razoáveis avanços genéticos para as três características estudadas, revelando a possibilidade de sucesso da seleção dentro de cada ensaio. Em função dos avanços verificados na seleção fenotípica para a forma do tronco, da correlação positiva e alta entre as características de crescimento (altura, DAP e volume cilíndrico) e da ausência de correlação entre a forma do tronco e o crescimento, a seleção dentro dos ensaios deverá ser centrada nas características de crescimento mais do que na forma do tronco.