Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Melgaço, Lucas de Melo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-04022011-105832/
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Resumo: |
A violência urbana e o medo globalizado, marcas do atual período técnico-científico e informacional, têm alterado as paisagens de diversas partes do mundo através do processo denominado neste trabalho pelo termo securização urbana. Como resposta à sensação de insegurança e de imprevisibilidade, busca-se uma racionalização do território a partir da informatização do cotidiano e da criação de espaços exclusivos. Empiricamente, a securização se traduz em formas arquitetônicas variadas, tendo sido destacadas nesta tese as câmeras de vigilância, os condomínios fechados e as arquiteturas anti-indesejáveis. Transformações espaciais como essas são particularmente intensas em Campinas-SP, município brasileiro ao mesmo tempo muito rico, com importantes empresas e universidades, e muito pobre e violento, portando índices de criminalidade acima da média nacional. Exemplos desse e também de outros lugares do Brasil e da Europa foram analisados em trabalhos de campo que contaram com entrevistas colhidas de agentes locais, fotografias e cartografias, com o intuito de caracterizar o processo de securização e, especialmente, conduzir a uma reflexão sobre suas conseqüências. Conclui-se que a maneira pela qual a segurança tem sido buscada aumenta as desigualdades espaciais e promove uma privatização dos espaços públicos. Além disso, o excesso de vigilância tem reforçado a psicoesfera do medo, tolhido muitas das liberdades individuais e criado novas neuroses e violências. A racionalização do espaço para fins de segurança cria, contudo, as condições para o surgimento de contra-racionalidades, o que reafirma o caráter complexo e dialético do espaço geográfico e aponta para a possibilidade de um futuro marcado pelas solidariedades geográficas e pelo poder revolucionário dos agentes não-hegemônicos. |