Triagem de diuréticos por cromatografia líquida de alta eficiência com finalidade de controle da dopagem no esporte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Moreira, Vanessa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9137/tde-11082023-152604/
Resumo: Apesar de serem considerados fármacos ergolíticos, os diuréticos foram incluídos na lista de substâncias proibidas, em 1986, elaborada pelo lnternational Comitte Olympic (IOC), por serem utilizados como agentes mascarantes e para uma rápida redução de peso em modalidades esportivas, como halterofilismo, luta greco-romana, judô, karatê e boxe. Desde então, são requeridos procedimentos de triagem para detectar a presença desses compostos na urina. Um simples e adequado método de triagem por meio da técnica de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), acoplado ao detector de arranjo de diodos (DAD), foi otimizado e validado, com finalidade de controle de dopagem dos seguintes diuréticos: acetazolamida, amilorida, bumetanida, clopamida, clortalidona, espironolactona, furosemida, hidroclorotiazida, piretanida e triantereno. O método envolveu extrações simultâneas de 2 ml de urina com acetato de etila em pH diferentes. A extração ácida foi feita com a adição de tampão sólido KH2PO4 e NaH2PO4 (99:1 p/p), pH 5,0 a 5,5, e para remoção dos interferentes urinários, utilizou-se solução de acetato de chumbo a 5%. Na extração básica, a alcalinização da urina foi feita com NaHCO3 e K2CO3 (3:2 p/p), pH 9,0 a 9,5. A fase móvel consistiu de acetonitrila e tampão acetato de amônio 0,05 M (pH 3,0), com gradiente de eluição e a detecção foi feita em comprimentos de onda de 260, 270 e 360 nm. O método desenvolvido apresentou detecção de até 0,09 µg/mL, com valores de recuperação, entre 55,26%. a 94,82%. Também mostrou-se preciso, tanto em condições de intra como interensaios. Além disso, foi testado a especificidade para quatro diuréticos, dos dez selecionados: clortalidona, espironolactona, furosemida e hidroclorotiazida, na presença de outros fármacos. Os dez diuréticos mantiveram-se estáveis por 24 horas, à 22,5 a 24ºC e após armazenamento por quase dois meses, em freezer à -20ºC. Foram analisadas dezesseis amostras de urina de atletas para a aplicação do método otimizado e validado, as quais foram detectadas cinco amostras positivas, na fase de triagem, para: clortalidona, furosemida e hidroclorotiazida.