Registro nacional de operações não cardíacas: aspectos clínicos, cirúrgicos, epidemiológicos e econômicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Yu, Pai Ching
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-31082010-184101/
Resumo: Anualmente são realizadas mais de 234 milhões de cirurgias no mundo com taxas de morbi e mortalidade relativamente elevadas. Os dados nacionais disponíveis de registros de operações não cardíacas são escassos e deficientes. O objetivo do nosso estudo foi avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a operações não cardíacas e a sua evolução nos últimos anos no Brasil. Selecionamos a partir do banco de dados de DATASUS, as informações de sistema público de saúde em caráter nacional para descrição epidemiológica de operações não cardíacas realizadas no país. As variáveis estudadas foram: número total de internações, gasto total por internação, gasto com transfusões sanguíneas, número de óbitos e tempo de internação hospitalar. O período estudado compreendeu os anos de 1995 a 2007. No período de 13 anos, foram realizadas 32.659.513 operações não cardíacas no país e houve um incremento de 20,42% no número de procedimentos realizados. De forma semelhante, os gastos hospitalares relacionados a estas cirurgias apresentaram aumento importante neste período (~ 200%), com gasto anual superior a 2 bilhões de reais. As despesas relacionadas às transfusões sanguíneas no perioperatório tiveram um aumento superior a 100%, com um gasto anual acima de 17 milhões de reais ao ano. A mortalidade hospitalar encontrada é bastante elevada no nosso país, com média de 1,77% e o aumento registrado foi mais de 30% no período. A única variável que apresentou redução ao longo dos últimos anos foi o tempo de internação hospitalar, com a média de permanência de 3,83 dias. Concluímos que há uma tendência no aumento de intervenções cirúrgicas no país. Apesar do aumento dos gastos hospitalares relacionados a estas cirurgias, a taxa de mortalidade encontrada ainda é bastante elevada. Estudos futuros são necessários para maior investigação e elaboração de estratégias complementares para melhorar os resultados cirúrgicos