Predição de risco de mortalidade em cirurgia cardíaca por meio do EuroSCORE II

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gutierres, Évilin Diniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/10138
Resumo: Este estudo teve como objetivo analisar o risco de mortalidade de pacientes submetidos a cirurgia cardíaca a partir do EuroSCORE II e identificar a associação entre os fatores de risco e as complicações pós-operatórias em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca. Pesquisa documental, retrospectiva, com abordagem quantitativa, que foi desenvolvida em um hospital do sul do Brasil referência em cardiologia. Foram revisados 391 prontuários. A coleta de dados ocorreu entre agosto e setembro de 2018. A organização e análise dos dados ocorreram no software Statistical Package for the Social Sciences versão 21, mediante estatística descritiva, Teste Mann-Whitney e teste Qui-quadrado de Pearson. Foi adotado p-valor˂0,05 como significância estatística. Obteve-se parecer favorável nº E50/2018 do Comitê de Ética em Pesquisa na Área da Saúde. Os resultados foram apresentados em dois artigos: “Risco de mortalidade em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca a partir do EuroSCORE II” e “Cirurgia cardíaca: associação entre os fatores de risco e complicações pós-operatórias”. O primeiro artigo evidenciou que a mortalidade observada foi maior que a mortalidade prevista. A taxa de mortalidade atual do serviço foi de 4,4. Além disso, observou-se que o desfecho mortalidade em 30 dias foi maior que em 90 dias. Verificou-se também, diferença estatisticamente significativa entre fatores de risco segundo o EuroSCORE II e óbito intra-hospitalar (p= 0,000). Foram identificados seis fatores de risco, sendo os mais frequentes: doença pulmonar obstrutiva crônica, disfunção neurológica, estado crítico pré-operatório e uso de balão intra-aórtico no pré-operatório. O segundo artigo identificou que os principais procedimentos realizados no local do estudo são cirurgia de revascularização do miocárdio e troca valvar aórtica. Verificou-se associação significativa entre a variável ocupação e as complicações pós-operatórias: infarto agudo do miocárdio (p= 0,021) e diabetes mellitus (p=0,010), assim como, entre sexo e tabagismo (p= 0,007). As principais complicações apresentadas pelos pacientes no pós-operatório imediato foram: sangramento hipotensão e agitação psicomotora. Além disso, foram verificados nove fatores de risco, entre os mais frequentes: tabagismo, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal crônica, cardiopatia isquêmica, balão intra-aórtico e doença pulmonar obstrutiva crônica. Ainda, verificou-se a associação estatisticamente significativa entre fatores de risco e complicação no pós-operatório imediato (p=0,000). Tais resultados possibilitam a discussão da temática com vistas a instrumentalizar os enfermeiros atuantes nas instituições hospitalares, uma vez que, ao conhecerem os fatores de risco mais frequentes e a taxa de mortalidade local, os enfermeiros poderão elaborar planos de cuidados aos pacientes, visando uma assistência enfermagem de qualidade. Além disso, o EuroSCORE II é uma ferramenta que poderá auxiliar os enfermeiros na predição de risco de mortalidade nos pacientes em pré-operatório de cirurgia cardíaca.