Influência do tipo de fissura labiopalatina sobre os resultados de fala após a palatoplastia primária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferlin, Flavia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-06102020-123408/
Resumo: Objetivo: Verificar a influência do tipo de fissura labiopalatina sobre os resultados de fala, após a palatoplastia primária, comparando-se os três tipos de fissuras mais incidentes: fissura de lábio e palato unilateral (FLPU), fissura de lábio e palato bilateral (FLPB) e fissura isolada de palato (FP). Metodologia: Foram avaliados 69 indivíduos (FLPU=28, FLPB=15 e FP=26), ambos os sexos, idades entre 5 e 25 anos, submetidos à palatoplastia primária entre 12 e 18 meses de idade no HRAC-USP. Amostras de fala compostas por sentenças contendo sons de alta pressão intraoral (AP) e baixa pressão intraoral (BP) e conversa espontânea foram gravadas em sistema audiovisual e analisadas por três avaliadores experientes quanto à nasalidade (1=ausente, 2=leve, 3=moderada e 4=grave) e erros ativos (1=ausente e 2=presente). A nasometria foi utilizada para a determinação da nasalância durante a produção de sílabas orais e nasais e sentenças AP e BP. O fechamento velofaríngeo foi estimado pela medida da área seccional velofaríngea, durante a produção de sílabas orais e nasais, vocábulo e sentença, por meio da técnica fluxo-pressão. A hipernasalidade e os erros ativos foram descritos para FLPU, FLPB e FP e comparados entre si por meio dos testes Kruskal Wallis e Qui-quadrado. Os escores médios de nasalância e área do orifício velofaríngeo foram comparados entre FLPUxFLPBxFP e aos valores normativos (ANOVA). As correlações entre os métodos foi verificada por meio dos testes de Correlação de Spearman e Correlação de Pearson, p<0,05. Resultados: As proporções de pacientes quanto à ausência de nasalidade e erros ativos foram, respectivamente: FLPU=61 e 82%, FLPB=53 e 60% e FP=62 e 81%. Para escores de nasalância sugestivos de normalidade, as proporções foram de FLPU=57%, FLPB=60% e FP=50%, e para valores de área velofaríngea sugestivos de fechamento velofaríngeo adequado, FLPU=54%, FLPB=53% e FP=58%. Não houve diferença significativa entre os três tipos de fissuras labiopalatinas. Houve correlação entre nasalidade e nasalância nas amostras AP e BP e entre nasalância e a área velofaríngea em três sílabas (/pi/, /sa/ e /ma/). Conclusão: Os resultados do presente estudo permitem concluir que o tipo de fissura labiopalatina (FLPU, FLPB, FP) não influencia os resultados de fala após a palatoplastia primária