Influência das consoantes de alta e baixa pressão intraoral sobre a nasalidade e nasalância da fala

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ferlin, Flavia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-03112014-094626/
Resumo: Objetivo: Verificar a nasalidade e a nasalância da fala entre estímulos de alta e baixa pressão intraoral, em indivíduos com fissura labiopalatina reparada. Material e Método: Foram avaliados 44 indivíduos com fissura de palato±lábio previamente reparada, ambos os sexos e idades entre 6 e 59 anos, regularmente matriculados na instituição. Os participantes foram submetidos à nasometria e à gravação de fala em sistema de áudio, simultaneamente. As amostras de fala foram compostas por dois conjuntos de cinco sentenças, sendo um com predomínio de consoantes de alta pressão intraoral (AP) e outro, composto exclusivamente por consoantes de baixa pressão intraoral (BP). A nasalância, expressa em porcentagem, foi determinada para as amostras AP e BP. Três examinadores experientes classificaram as amostras AP e BP quanto ao aspecto da nasalidade, de acordo com uma escala de 4 pontos (1=hipernasalidade ausente, 2=hipernasalidade leve, 3=hipernasalidade moderada, 4=hipernasalidade grave). A significância entre os escores de nasalância AP e BP foi verificada por meio do teste t pareado e entre o grau de nasalidade, o teste de Wilcoxon, adotando-se o nível de significância de 5%. A concordância intra e interexaminadores foi determinada pelo coeficiente de Kappa e suas proporções para as amostras AP e BP interexaminadores foram comparadas por meio do Teste Z. Adicionalmente, a correlação entre os dois métodos foi verificada pelo coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: Os escores de nasalância médios±DP obtidos para as amostras AP e BP foram, respectivamente, 31±15% e 31±12%, não havendo diferença significante entre as duas amostras (p=1,0). A concordância interexaminadores foi maior para as amostras AP. A diferença da nasalidade média entre as duas amostras mostrou-se significante (p=0,05). A correlação entre os escores de nasalância e hipernasalidade mostrou-se forte para a amostra AP e substancial para a amostra BP. Conclusão: A amostra de fala com consoantes de alta pressão intraoral mostrou-se mais eficiente na identificação da hipernasalidade, uma vez que proporcionou maior concordância entre os examinadores na análise perceptiva da nasalidade, apresentou resultados de forte correlação entre os dois métodos de avaliação utilizados e permitiu o diagnóstico da hipernasalidade em maior número de indivíduos.