Avaliação da função gonadal em pacientes do sexo masculino com lúpus eritematoso sistêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Soares, Pollyana Maria Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5145/tde-29012007-142555/
Resumo: Objetivo: Avaliar a função gonadal de pacientes do sexo masculino com lúpus eritematoso sistêmico (LES). Métodos: 35 pacientes do sexo masculino com LES (critérios do Colégio Americano de Reumatologia) foram avaliados prospectivamente segundo características demográficas, manifestações clínicas, tratamento prévio e atual da doença, avaliação urológica, ultra-sonografia testicular com Döppler, perfil hormonal, análise do sêmen incluindo morfologia e detecção de anticorpos anti-espermatozóides, e esses pacientes foram comparados com 35 controles saudáveis pareados para idade. Resultados: Os pacientes com LES apresentaram medianas reduzidas do: volume testicular em ambos os testículos (p=0,003 e p=0,004), número total de espermatozóides (p=0,002) e número total de espermatozóides móveis em relação aos controles. Assim como, a média de volume do sêmen e a percentagem de formas normais de espermatozóides foram menores nos pacientes com LES versus controles (p=0,015 e p=0,015). Todos os pacientes com LES apresentaram alterações do sêmen e por isso foram subdivididos de acordo com a gravidade destas alterações em: grupo A com 18 pacientes (teratozoospermia) e grupo B com 17 pacientes (azoospermia ou teratozoospermia, em associação com oligozoospermia e/ou astenozoospermia. A freqüência do uso da pulsoterapia com ciclofosfamida endovenosa (PCE) após a espermarca foi maior no grupo B em relação ao grupo A (p=0,001), assim como as medianas da dose cumulativa de PCE (p=0,005), número de pulsos (p=0,005) e duração da PCE (p=0,006). Além disso, as medianas dos volumes testiculares por ultra-sonografia, em ambos os testículos, foram menores no grupo B em relação ao grupo A (p=0,001 e p=0,001). Os níveis elevados de FSH foram também maiores no grupo B em relação ao A (p=0,018). Conclusões: Pacientes com LES têm uma alta freqüência de alterações do sêmen associados a redução do volume testicular. A utilização de PCE após a espermarca foi o principal fator de uma potencial lesão testicular definitiva.