Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Andre Medeiros |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-11072024-185859/
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Resumo: |
O El Niño-Oscilação Sul (ENOS) constitui o principal modo de variabilidade interanual (2-7-a) sobre o clima tropical, exercendo influência sobre variáveis atmosféricas e de superfície de diversas localidades. Estudos anteriores apontam setores da América do Sul (AS) onde o ENOS apresenta papel contundente em produzir anomalias de precipitação e temperatura, ocasionando impactos indiretos sobre propriedades da vegetação, tal como atividade fotossintetizante e conteúdo de carbono armazenado na vegetação. Apesar de serem conhecidas as áreas em que o sinal ENOS é mais intenso na AS, os estudos que associam ENOS a variáveis atmosféricas e de superfície não apontam de forma integrada e incisiva os tipos de vegetações mais afetados. O estudo presente objetiva explorar tal lacuna, com vista a identificar os tipos de vegetação da América do Sul mais impactados pelos eventos ENOS no período 1982-2015, a partir do uso de três variáveis: precipitação, temperatura do ar e NDVI. Para mensurar possíveis relações entre características da vegetação e o ENOS, empregou-se as técnicas de: I) Análise harmônica, II) Análise de correlação linear e III) Análise de composições trimestrais de anomalias. Os três métodos permitiram computar a proporção da variabilidade explicada pela frequência ENOS, identificar outras possíveis oscilações com sinal similar ao ENOS, mensurar o grau de linearidade e defasagem temporal entre ENOS e as variáveis e apontar a temporalidade (trimestre de ocorrência) das anomalias das variáveis durante ciclos de vida médios de eventos ENOS. Em termos da análise harmônica, os resultados apontaram que poucos índices climáticos (QBO, DMI e PDO) apresentam componente interanual (R²) elevado (30-80%) como os índices associados às regiões niños (> 54%). Identificou-se que a frequência interanual ENOS perpassa por períodos de alta (1960-1993) e baixa (1900-1933) atividade, implicando que o possível efeito ENOS nas variáveis consideradas apresenta ampla variação de intensidade ao longo do tempo. Em escala global, observou-se que frequências intra-anuais (<= 12m) explicam mais de 65% da variabilidade temporal da precipitação, temperatura do ar e NDVI em 90% das áreas. Aliás, as frequências intra-anuais apontaram correlação negativa alta (< -0,9) com frequências interanuais para todas as variáveis. Na AS, os resultados revelaram que 14-30%, 8-13% e 22-43% da variabilidade temporal do NDVI, precipitação e temperatura do ar, respectivamente, são explicadas pela frequência de 2-7-a. Para precipitação e temperatura do ar, as áreas com altos valores de frequência interanual apresentaram ampla similaridade espacial com os resultados para correlação linear entre as variáveis e o índice ONI. Os setores com alto valor de R² da componente interanual para NDVI apresentaram maiores similaridades espaciais com as correlações entre NDVI e precipitação e/ou NDVI e temperatura do ar. Os resultados indicaram que os biomas terrestres maios associados à frequência de 2-7-a ocorrem estão em função principalmente do tipo de variável, tendo em vista para cada tipo de bioma, diferentes estresses térmicos e hídricos estão associados a maiores/menores efeitos sobre a fisiologia vegetal. Logo, enquanto formações florestais mostraram ampla associação ao ENOS através da temperatura do ar, formações savânicas-herbáceas e arbustivas-herbáceas demarcaram maiores efeitos da precipitação e NDVI, respectivamente |