Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Daniel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-06012023-195453/
|
Resumo: |
Estudos têm mostrado que o desmatamento da Floresta Amazônica não é somente uma ameaça ao clima da América do Sul, mas, também, à grande biodiversidade da região, comprometendo sua sustentabilidade. Neste estudo verificamos o impacto que o desmatamento de parte da Floresta Amazônica provocaria no clima da América do Sul, na escala decadal, com o uso do modelo regional climático RegCM4. As simulações foram realizadas para o período de 1970 a 2003, de forma a compreender três fases da Oscilação Decadal do Pacífico, ODP, 1970-1976 - fase negativa, 1977-1996 - fase positiva e 1997-2003 - fase negativa. Os dados do conjunto da reanalise I do NCEP-NCAR foram considerados para alimentar o modelo durante o período de simulação. De forma a simular ao impacto do desmatamento, foi desenvolvido dois experimentos numéricos: o Controle, CTRL, e o Desmatamento, DESM. O uso do solo do experimento DESM esteve constituído pelos dados do GLCC-2018, adotados no experimento CTRL, modificados com a substituição da floresta tropical por gramínea em áreas indicadas pelo desmatamento extrapolado para o ano 2050. As fases negativas da ODP (1970-1976 e 1997-2003) são caracterizadas por anomalias negativas e positivas de precipitação no centro-leste e sudeste da América do Sul, enquanto a região norte apresenta anomalias positivas. A fase positiva da ODP (1977-1996) é caracterizada aproximadamente pelo padrão inverso. Desta forma configura-se um padrão de dipolo da precipitação entre o centro-leste e sudeste da América do Sul nas fases negativas e positivas da ODP. O desmatamento provocou o decréscimo de precipitação, de 20 a 100 mm mês-1, no extremo norte da América do Sul, entre o noroeste do Estado do Amazonas até o norte do Maranhão, e, aumento da precipitação, de 20 a 70 mm mês-1, entre o sudeste do Estado do Amazonas e o nordeste do Mato Grosso. A comparação dos impactos na precipitação entre a fase positiva e as fases negativas da ODP mostra que os impactos mais intensos (negativos e positivos) ocorre durante a fase positiva, sendo mais brandos nas fases negativas. Em anos de ENOS, tanto para eventos EN como para eventos LN, verificou-se que o impacto devido ao desmatamento é mais intenso, em média, na fase positiva da ODP em relação à fase negativa, tanto para as áreas de onde foi simulado aumento como diminuição da precipitação |