Influência do Enso, Sam e Psa na precipitação do sudeste da América do Sul de 1951 a 2020

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Valente, Pedro Teixeira
Orientador(a): Aquino, Francisco Eliseu
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/255296
Resumo: Este trabalho analisou a influência temporal e espacial de três modos de variabilidade climática: o El Niño – Oscilação Sul (ENSO), Modo Anular do Hemisfério Sul (SAM) e Modo Pacífico – América do Sul (PSA); e Baixa do Mar de Amundsen (BMA), na precipitação anômala do Sudeste da América do Sul (SEAS) entre 1951 e 2020. Foram utilizadas as reanálises CRU versão 4.05 com resolução de 0,5° x 0,5° para precipitação, bem como as variáveis de altura geopotencial, vento zonal e meridional e pressão em nível do mar provenientes do NCEP/NCAR também com resolução de 0,5° x 0,5°. Inicialmente, o SEAS foi regionalizado pela análise de agrupamento hierárquico, sendo dividido em três setores: argentino, uruguaio e brasileiro. Posteriormente, foram feitas análises temporais utilizando quebras estruturais, regressão linear e transformada de ondaletas. As análises espaciais foram realizadas por meio de composições e funções ortogonais empíricas. Foram encontradas quebras estruturais no SEAS Argentino entre 1965-1984 e no SEAS Brasileiro entre 1981-1982. Após as quebras estruturais, as ondaletas identificaram um aumento de frequência e intensidade nas anomalias positivas e redução de frequência e aumento de intensidade nas anomalias negativas nestes setores. As regressões utilizando as anomalias de precipitação do SEAS e os índices ENSO, SAM, PSA e BMA detectaram que todos os índices afetam a precipitação do SEAS com e sem defasagem. A mudança no padrão de precipitação ocorreu após o evento de El Niño de 1982-83 e pela tendência do SAM à fase positiva de até 0,8 desvios padrões, que também influenciou o índice PSA a uma tendência negativa de até -0,5 desvio padrão. Esta inversão fez com que a fase negativa do PSA e BMA se tornasse inversamente proporcional às anomalias de precipitação no SEAS Argentino, bem como contribuiu para o aumento das anomalias nos setores uruguaio e brasileiro em até 60 mm acima da média. O PSA mostrou relações diretamente proporcionais com o El Niño (La Niña) antes (após) da sua mudança de tendência. Na parte argentina, o PSA é inversamente proporcional. No SEAS Uruguaio, o índice PSA variou direta e indiretamente em vários momentos. No SEAS Brasileiro, há uma relação inversa entre a fase negativa do PSA e o aumento das anomalias de precipitação. Este movimento ocorreu a partir de 1986. A inversão na variação das séries temporais sugere que a influência do ENSO altere a influência do PSA no SEAS Brasileiro em casos de El Niño e La Niña fortes. As componentes da EOF revelaram relações inversas dos subtrópicos tanto com o polo (de -50 a 75%) quanto com os trópicos (-75%). A oscilação temporal do dipolo encontrado na primeira componente contribuiu para as quebras estruturais vistas no SEAS Argentino e Brasileiro. Identificamos que o PSA influencia as anomalias de precipitação do SEAS em até 50% dos casos. A contribuição desta teleconexão climática para as anomalias de precipitação dependerá tanto da região do SEAS a ser estudada quanto da atuação conjunta dos demais modos de variabilidade climática.