Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ferraz, Renata de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-14072017-170144/
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Resumo: |
Este trabalho apresenta uma reflexão sobre as relações entre educação, mundo comum, modernidade, natalidade e lembrar no pensamento de Hannah Arendt. A autora aborda o mundo humano como artifício criado por mulheres e homens plurais, por meio da fabricação de obras e da manifestação de atos e palavras. É na esfera pública gerada por este mundo que as pessoas se encontram, revelando suas singularidades e descobrindo-se plurais. A problemática apresentada no pensamento arendtiano, contudo, reside no fato de que a modernidade marca um movimento, de um lado, de constante de esfarelamento das coisas do mundo (mundo deserto), e, de outro, da permanente iminência de revoluções. Assim, a modernidade é um tempo de crises e transformações profundas e aceleradas de tudo o que existe entre nós. Nesse cenário, a educação passa a ser vista como um problema político de primeira grandeza. Compreendida como a forma humana de acolher os mais novos no mundo, a educação se encontra num vácuo: como acolher os mais novos num mundo que não é mais como era antes, mas tampouco é já como será quando as crianças e adolescentes se tornarem adultas? O caminho escolhido por este trabalho para refletir sobre essa pergunta foi o pensamento a partir das categorias apresentadas por Arendt, tecendo possíveis relações entre a educação e um mundo que fica imediatamente velho, e a educação e um mundo que precisa urgentemente de renovação. Nesse sentido, diante de um mundo caduco, cabe à educação despertar um olhar profundo capaz de dar vida às ruínas de nossa república, de nossas cidades, permitindo alguma compreensão diante dos acontecimentos que se amontoam na nossa frente. Quanto ao novo, se cabe à educação preparar os novos para a renovação do mundo, é preciso saber que a responsabilidade pelo mundo e pelas crianças, no presente, é dos adultos, que precisam agir no âmbito da política e fazer escolhas no âmbito da educação. Se a finalidade da educação é a liberdade, num sentido público, ela precisa ser conservadora, pois aos adultos cabe somente apresentar o mundo que conhecem, deixando aberto o caminho do futuro para que as novas gerações realizem aquilo que é impossível de prever. |