Impacto da quimioterapia perioperatória nos resultados cirúrgicos e patológicos de pacientes com câncer gástrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Charruf, Amir Zeide
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-21082023-123534/
Resumo: Introdução: o Câncer de Estômago (CG) representa uma das principais causas de mortes por Câncer no mundo. A despeito dos avanços médicos, sua letalidade permanece alta. A Quimioterapia perioperatória (QTPeri) somada à cirurgia padrão, com linfadenectomia adequada, representa uma opção ao tratamento curativo para pacientes com câncer gástrico avançado (CG). Objetivo: avaliar, além de suas características clínicas e os resultados patológicas e cirúrgicos de pacientes com GC que receberam QTPeri, seu impacto na sobrevida. Métodos: trata-se de um estudo retrospectivo do tipo casocontrole, pareado cuja correspondência foi realizada com o uso de um protocolo 1:1 (pareamento simples), sendo escolhido o algoritmo mais próximo. O pareamento foi realizado sem reposição. Resultados: um total de 45 casos com QTPeri foi pareado com 45 pacientes submetidos à gastrectomia inicial para as seguintes características: sexo, idade, tipo de gastrectomia, extensão da linfadenectomia, ASA, tipo histológico, cT e cN. Os grupos QT-Peri e Cirurgia após pareamento, apresentavam características clínico-laboratoriais semelhantes, com exceção para a média da taxa de neutrófilos/linfócitos (4,38 vs. 1,65, p < 0,001), o grupo QT-Peri teve tumores menores (4,9 vs. 6,8 cm p = 0,006), menor taxa de invasão linfático (40% vs. 73,3%, p = 0,001), menor taxa de invasão venosa (17,8% vs. 46,7%, p = 0,003) e menor taxa de invasão perineural (35% vs. 77,8%, p < 0,0001). O grupo QT-Peri apresentou ainda predomínio de pT1/pT2 (44,4% vs. 6,7%, p < 0,001) e predomínio de pN0 (46,7% vs. 15,6%, p = 0,001). O grupo Cirurgia apresentou predomínio de complicações pós-operatórias maiores (grau III/IV e V de Clavien-Dindo) quando comparado ao grupo QT-Peri (24% vs. 6,7%, respectivamente, p = 0,02), bem como maior tempo de internação hospitalar (17 vs. 10,8 dias, p = 0,005). A sobrevida global, em 5 anos, estimada de toda população foi de 51,1%, e os pacientes no grupo QT-Peri apresentaram melhor sobrevida em comparação aos pacientes do grupo Cirurgia (p = 0,022). Conclusão: constatou-se uma influência positiva nos resultados patológicos e cirúrgicos dos pacientes submetidos a tratamento QTPeri, independente do esquema quimioterápico realizado