Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Perez, Pietra Cepero Rua |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-31082018-112234/
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Resumo: |
Há 27 anos foi criada a RESEX Chico Mendes, no Acre, conquista histórica para o movimento dos seringueiros. Desde a década de 1970, os seringueiros vinham resistindo contra a expropriação causada pelo avanço da fronteira agropecuária na Amazônia e faziam frente a um modelo específico de desenvolvimento econômico que era fruto da aliança entre o capital monopolista e o Estado. Como reivindicação popular, no I Encontro Nacional dos Seringueiros (1985) foi proposta uma outra lógica de reforma agrária que mais adiante ganharia o nome de Reserva Extrativista (RESEX), onde a territorialidade e a (re)produção da família seringueira seriam contempladas e aliadas à conservação ambiental. Neil Smith (2008) aponta que, a partir da crise capitalista dos anos 1970, início do período neoliberal, houve uma intensificação do movimento de captura da natureza como estratégia de acumulação. A institucionalização da RESEX, em 1990, está inserida nesse quadro global e também marca o começo da guinada neoliberal no Brasil. Observa-se um processo de captura da proposta gestada pelo movimento social dos seringueiros para a constituição e concretização de um outro projeto, que contemplaria os interesses do capital monopolista e de novos atores sociais, onde se enquadram as ONGs. Na presente pesquisa, buscaremos compreender a produção capitalista da natureza a partir da RESEX Chico Mendes (1990-2017), por meio da qual o Estado e o mercado incorporam - de maneira contraditória e conflituosa - relações de produção não capitalistas, redefinindo os usos, a apropriação da natureza e as territorialidades dos seringueiros. |